Lupas (337)

A anodinia como ponto de partida para algo muito mais profundo, justapondo o melancólico e o irônico. Com lampejos de artistas como Ozu e, principalmente, Robert Bresson, Aki Kaurismaki realiza uma pequena obra de grande valor artístico e social.

Andrei Tarkovsky é um poeta da sétima arte e dos únicos a quebrar com a tradição narrativa do cinema para que se estabeleça uma outra linguagem, insuspeita e absolutamente radical.

Complicado filme de Coppola que, mesmo sendo um deleite visual e sonoro, além da belíssima mistificação da dupla Raul Julia/Nastassja Kinski em oposição a Forrest/Garr, a narrativa é difícil por se sustentar como pastiche/subversão dos musicais clássicos.

O roteiro é o único ponto fraco pra mim. Mesmo reconhecendo que a obra toda de Miyazaki dá o foco para outros elementos e que seus roteiros são propositalmente abertos, este é o que menos se estrutura. Mas a magia Miyazakiana ainda está lá. Firme e forte.

A inventividade de Miyazaki parece não ter fim. Outro grande filme que, além de apresentar as questões que o diretor costuma trabalhar (como a infância, a mudança, a natureza), possui uma beleza poética que transcende o simples narrar a história.

A obra-prima máxima de Miyazaki! O mito da princesa Mononoke e de como ela e o príncipe Ashitaka lutaram pelo equilíbrio entre ser humano e seres primordiais da Natureza é uma das coisas mais belas já feitas no cinema de animação e no Cinema em geral.

Padrão Miyazaki que, mesmo não sendo seu melhor, ainda diverte pelo carisma de seus personagens. E tem um momento belíssimo que figura entre os momentos mais inspirados do cineasta que eleva a qualidade do filme.

Não tão brilhante quanto TOTORO ou NAUSICAÄ, mas ainda assim um Miyazaki competente e sensível. Um filme sobre o dia-a-dia sem a necessidade de uma jornada de herói clássica. As pequenas coisas da vida são a espinha dorsal dessa delicinha de filme.

Tão simples, tão singelo, tão lúdico, tão genial, que é quase uma terapia. Se alguém estiver passando por um momento ruim na vida, assista Totoro que vc vai se curar. Que delícia de filme!

Laputa é o steampunk por excelência, com personagens super carismáticos e uma estética deslumbrante (algo recorrente na carreira de Miyazaki). Segue competente até chegarem no último ato, onde o filme cresce e se torna mais denso e poético. Grande filme!

É um filme impressionante, em tudo: linguagem, técnica, estética, a mensagem que quer passar. Em seu segundo filme, Miyazaki já é o gigante (não só da animação, mas do Cinema) que criaria outras obras-primas tão lindas quanto esta.

O início da obra de Hayao Miyazaki, ainda preso a uma série e com temáticas bem simples. Mas já da pra ver um pouco do que viria a ser seu cinema. Divertido.