Lupas (147)

Aproveitando o fenômeno pop dos minions, chegamos a um segundo filme ainda mais genérico (coisa que parecia impossível), mas com mais tempo de tela para os minions (e seus musicais que são bem explorados), do resto, bem não se aproveita muita coisa.

Estranhamente prazeroso de assistir, mas que perde um pouco a mão na reta final em um encerramento para lá de anticlimático. Também pesa contra o filme uma visão um tanto distorcida da sociedade mexicana (hora surreal ou hora forçada além da conta). Entendo o papel de Gascón mas não vejo força para um Oscar, e analisando friamente confesso que quem merecia ser indicada a melhor atriz seria Saldaña, numa das melhores performances de sua carreira.

Não sei como, até hoje nunca havia assistido a um filme da saga "meu malvado favorito", confesso que talvez não tenha perdido muita coisa. Sim, o filme é extremamente simples com um roteiro que beira a infantilidade (o que faz sentido, visto o público alvo), mas carece de mais carisma, de um melhor desenvolvimento, de mais substância, o que fica de positivo talvez seja todo o marketing gerado em volta dos minions (que de certa forma se tornaram ícones da cultura pop).

Uma celebridade em decadência é apresentada a uma nova droga que promete lhe dar uma nova versão de si mesma, mais jovem e mais bela, afinal o que poderia dar errado? Se você relevar um pouco o show de extravagâncias e a exposição (intencional mas que por vezes perde a mão) da nudez feminina, é um bom filme, com bom ritmo e uma trilha sonora deliciosa (e muitos closes eróticos), Moore está muito bem aqui (até me assustei quando descobri que ela já tem 62) mas não vejo uma atuação digna de Oscar.

Não atoa um dos melhores road movies da história, cansadas de sua vida enfadonha duas mulheres decidem partir numa viagem de fim de semana, o que não esperavam era o tamanho da encrenca que iriam se meter, adentrando numa onda de crimes sem fim. A dupla funciona muito bem, o elenco de modo geral funciona muito bem, juntamente com a trilha sonora e o bom enredo, o filme acaba e você quer que ele continue, atemporal.

Sinceramente falando, é um filme que não se destaca nem para o lado bom, nem para o ruim. Ver Robin Willians na tela é sempre um bom sinal, ainda que aqui entregue um trabalho apenas na média, mas olhando bem, roteiro e elenco também não se fazem de grande ajuda.

Filmaço, nu, cru, por vezes visceral e com ótimas críticas sociais, merecia pelo menos uma indicação de melhor filme, porém sabemos como o nosso querido Oscar funciona.

Em 91 fica mesmo difícil lidar com Hopkins, mas caramba, De Niro encarna um dos seus melhores papéis aqui, e Nolte está muito melhor do que no meloso príncipe das marés do mesmo ano, enfim, escolhas. Filme redondinho e com poucas escorregadas, um must watch como se diz.

Parece um filme sobre encomenda, receita de bolo da vovó, e quando você assiste apenas tem a confirmação. Nolte usa um tom de voz agressivo o tempo inteiro (talvez tentando entrar no personagem) e Streisand apesar de não ser um grande destaque, toca bem o seu papel. O filme desenvolve até bem os dois personagens, mas deixa a desejar no restante do elenco. No fim é um filme sobre os dramas familiares (e traição principalmente) de ambos os lados, que pasmem, não acabam resolvidos (é osso).

Apesar de redondinho e de certa forma cativante com seu ar de conto de fadas inicial, não posso negar que a cara de pastel de Maguire em inicio de carreira associada a uma interpretação pra lá de pouco inspirada não me incomode. No restante é um bom filme, com um bom elenco de apoio, especialmente Caine com o seu eternamente marcante boa noite para as crianças do orfanato.

Apesar do filme começar bem falando das temeridades do envelhecimento e a bela história de um senhorzinho viajando alguns estados num cortador de grama para ver o seu irmão doente (com quem tem uma desavença), no fim acaba sendo como uma comida com pouco tempero desembocando num final pra lá de anti-climático. Mas não posso deixar de destacar o carisma de Farnsworth.

Aquele drama redondinho sem muitas pretensões além de contar a chegada de uma família judia nos EUA, suas dificuldades, ascensão e declínio do núcleo familiar, o filme parece nunca chegar a um clímax de fato, mas tem ótimas passagens.