Lupas (823)
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Quando "The Wizard of Oz" encontra "The Texas Chainsaw Massacre". Ti West em mais uma grande direção, comandando um genuíno espetáculo de horror com a parcimônia e talento característicos do seu cinema, provando ser um dos melhores cineastas do gênero na atualidade. Mia Goth em atuação bastante inspirada (a cena do monólogo é sensacional), mostrando toda a complexidade e insanidade da sua personagem com bastante destreza. Belo, estranho, tenso e assustador, é ainda melhor que X (2022).
Luiz F. Vila Nova | Em 22 de Outubro de 2022. -
Damian Leone fez milagre considerando o baixo investimento (US$ 250 mil), com sequências de gore insanas, gráficas e nauseantes, com muita ousadia e criatividade. A trama é ligeiramente mais "elaborada" que a do filme anterior, embora sua longa duração e pontas soltas tirem um pouco do impacto e imersão. "Art" consagra-se aqui como um dos vilões mais icônicos, sádicos e carismáticos do slasher, juntando-se ao seleto grupo de Myers, Jason, Leatherface, Pinhead e Krueger.
Luiz F. Vila Nova | Em 22 de Outubro de 2022. -
Basicamente é uma grande homenagem ao filme original, que ganhou o status de "clássico cult de Halloween" com o passar dos anos em suas inúmeras reprises na TV. Não tem o mesmo charme transgressor, além de ser menos engraçado também, mas vale a pena pelo carisma do trio principal (novamente estrelado por Bette Midler, Kathy Najimy e Sarah Jessica Parker) e pelas muitas referências e homenagens prestadas pelos realizadores.
Luiz F. Vila Nova | Em 14 de Outubro de 2022. -
Apesar da encenação amadora, o roteiro capenga e o final abrupto, "Revelations" é um exemplar até decente da franquia, que conta com uma produção que consegue driblar o baixíssimo orçamento, apresentando um bom trabalho de maquiagem (seja nos Cenobitas ou no gore que rola solto) e um grau de tensão e morbidez razoáveis (superior aos 2 filmes anteriores nesse sentido).
Luiz F. Vila Nova | Em 09 de Outubro de 2022. -
O competente diretor David Bruckner (A Casa Sombria, O Ritual) foi recrutado para comandar esse ambicioso reboot de Hellraiser, que vinha sofrendo com sequências cada vez mais genéricas e mal acabadas, que quase enterraram a franquia. Com o retorno de Clive Barker na produção, essa nova versão é mais fiel ao seu romance original, contando ainda com uma produção caprichada e boas atuações, além do gore e clima macabro que os fãs esperam de um filme como esse.
Luiz F. Vila Nova | Em 08 de Outubro de 2022. -
Esse filme experimental e semi-documental filmado por George A. Romero em 1973 (e que esteve "perdido" por quase 50 anos), trata sobre como a velhice é encarada pela sociedade ocidental, com seus medos, desafios, angústias e dilemas. Continua bastante atual e relevante.
Luiz F. Vila Nova | Em 23 de Setembro de 2022. -
Essa nova versão de Pinóquio é bastante fiel ao original de 1940, ainda que sem a mesma graça, magia e ternura da animação. Visualmente caprichado (o visual excessivamente cartunesco de Pinóquio é uma distração, no entanto), com uma bela trilha sonora (com destaque para a versão de Cynthia Erivo para a canção-tema) e momentos que emulam o original, apesar das digressões duvidosas. Ainda assim, o caráter de remake genérico e caça-níquel é inevitável.
Luiz F. Vila Nova | Em 08 de Setembro de 2022. -
Foi o filme que mais senti vertigem na vida e isso é mérito do diretor e da equipe envolvida.
Luiz F. Vila Nova | Em 04 de Setembro de 2022. -
Jordan Peele realiza com Nope uma homenagem de natureza dúbia ao cinema (sobretudo à Steven Spielberg, além de Sinais de M. Night Shyamalan), para falar sobre ganância, espetacularização da tragédia e fascínio pelo desconhecido, tudo isso embalado por um visual e som deslumbrantes, além de um ótimo elenco (Kaluuya, Palmer, Yeun e Wincott). Original, imponente, sensorial e metafórico, é mais um grande trabalho do cineasta.
Luiz F. Vila Nova | Em 26 de Agosto de 2022. -
Inferior ao filme original, talvez pelo fato de Isabelle Fuhrman (aos 24 anos) não convencer mais como a pequena Esther (o famigerado vale da estranheza), mesmo com o esforço da equipe em tentar mascarar isso. O plot twist surtado no meio da projeção tem o seu preço também, comprometendo parte da tensão conquistada até ali. Ainda assim, talvez pelo seu estilo mais camp e despretencioso que o da produção anterior, "A Orfã 2" surpreendentemente funciona, muito pela dedicada atuação de Fuhrman.
Luiz F. Vila Nova | Em 21 de Agosto de 2022. -
Um guilty plasure simpático, honesto e inocente, que apesar da direção semi-amadora, montagem abrupta e trilha sonora desconexa, oferece uma experiência agradável (muito pela beleza e carisma de Paolla Oliveira e Reynaldo Gianecchini).
Luiz F. Vila Nova | Em 17 de Agosto de 2022. -
O cinema extravagante de Baz Luhrmann encontra na lendária figura de Elvis Presley o veículo perfeito para evocar seu estilo pulsante e enérgico. Tom Hanks na pele do polêmico e excêntrico Coronel Tom Parker é a definição do teatro de ilusões do show business (e do cinema de Luhrmann) e Austin Butler encarna a figura de Presley com uma intensidade estarrecedora (a cena final em que a sua figura se funde ao Elvis real é de arrepiar). O melhor trabalho do cineasta desde Moulin Rouge (2001).
Luiz F. Vila Nova | Em 13 de Agosto de 2022.