Lupas (835)
-
Ridley Scott entrega um épico de tom mais intimista e visualmente esplendoroso, onde a tensão e o horror são decorrentes dos conflitos morais e da hipocrisia do período retratado, acima de qualquer embate físico (mas vale frisar que o duelo final é impecável). Jodie Comer em grande atuação, sendo injustamente ignorada pelo Oscar. Um dos melhores filmes do ano.
Luiz F. Vila Nova | Em 10 de Março de 2022. -
Mesmo contando com uma direção elegante de Michael Haneke, uma trama curiosa e ótimas atuações (Juliete Binoche, em especial), esse talvez seja o trabalho menos impactante e memorável do cineasta. A montagem fragmentada e a aparente falta de foco atrapalham uma conexão maior do espectador com a situação e os personagens, diluindo assim seu discurso e apelo emocional.
Luiz F. Vila Nova | Em 09 de Março de 2022. -
Matt Reeves apresenta uma versão ainda mais realista e sombria de Batman para os cinemas, com uma atuação sóbria e melancólica de Robert Pattinson. A trama ganha contornos mais complexos, com forte teor político, onde o lado investigativo do homem-morcego tem maior destaque, nos remetendo à produções noir e de thrillers como Seven (1995). A parte técnica é excepcional (maquiagem, som e fotografia, em especial), e conta ainda com composições bastante inspiradas de Paul Dano e Colin Farrell.
Luiz F. Vila Nova | Em 05 de Março de 2022. -
Apesar do interessante clima de mistério e suspense da primeira metade e da boa atuação do Bradley Cooper, é um produção genérica que conta com cenas de assassinatos exagerados e com efeitos especiais que mais distraem do que geram tensão, além de uma trama que vai degringolando até aquele final abrupto e sem nexo algum. Um desperdício de potencial quase completo.
Luiz F. Vila Nova | Em 02 de Março de 2022. -
Uma animação bacana e descolada que realiza de forma dinâmica e bem-humorada uma crítica da geração millenial e sua relação de dependência da tecnologia e redes sociais, além de questões como privacidade, apropriação de dados pessoais por mega corporações, isolamento social, entre outros. O simpático androide Ron é uma figura, roubando a cena com seu jeito maluco e atrapalhado, e o clímax final nos remete imediatamente ao clássico E.T: O Extra-Terrestre (1982). Recomendo.
Luiz F. Vila Nova | Em 01 de Março de 2022. -
Conseguiu recuperar parte do fôlego e interesse de outrora, com uma boa ambientação, uma trama com forte influência do folk horror moderno e uma estética mais limpa e que se utiliza da tecnologia atual para oferecer planos mais elaborados. Ainda assim, os sustos genuínos são escassos e a tensão apenas moderada, fazendo de "Ente Próximo" um capítulo relativamente divertido, porém morno e esquecível.
Luiz F. Vila Nova | Em 28 de Fevereiro de 2022. -
Uma boa ideia que poderia ter rendido uma produção doentia, macabra e extrema, porém que foi completamente desperdiçada por uma direção medonha, atuações amadoras e situações de extremo mal-gosto que tentam o choque à qualquer custo. Uma dica: passe bem longe disso.
Luiz F. Vila Nova | Em 24 de Fevereiro de 2022. -
Kim Henkel (um dos criadores da obra de 1974) assume a direção aqui, onde assim como o segundo, propõe uma sátira anárquica ao seu legado, com atuações caricatas e situações nonsenses, onde nada parece fazer sentido. Um Matthew MaCcounaughey surtadíssimo acaba roubando a cena, sendo o maior destaque da produção. Subestimado, é praticamente uma refilmagem do primeiro filme, só que com uma abordagem onde o humor negro prevalece. O Leatherface "crossdresser" define a loucura que é esse filme.
Luiz F. Vila Nova | Em 23 de Fevereiro de 2022. -
Emma Stone já provava aqui porque é considerada uma das atrizes mais talentosas, belas e incrivelmente carismáticas de Hollywood. O filme, uma comédia adolescente enérgica, divertida e, no geral, acima da média do mercado.
Luiz F. Vila Nova | Em 15 de Fevereiro de 2022. -
Um thriller de sobrevivência bastante intenso e envolvente (com elementos de Encurralado, A Morte Pede Carona e Amargo Pesadelo), com uma boa atuação de Jules Willcox, que defende sua personagem com muita personalidade e destreza. Destaque também para a bela fotografia que retrata a beleza natural e sua imponência, além da trilha incidental e urgente nos momentos mais tensos da projeção.
Luiz F. Vila Nova | Em 15 de Fevereiro de 2022. -
Roland Emmerich, um cineasta outrora promissor no que se refere ao cinema blockbuster, entrega aqui um dos seus filmes mais genéricos e esquecíveis, o que comprova que o mesmo não conseguiu adaptar seu cinema mais inocente e escapista dos anos 90 ao cinismo e imediatismo da atualidade. Mesmo não sendo necessariamente ruim, é uma produção que jamais empolga ou impressiona como o planejado, com uma trama aborrecida, personagens excessivamente esteriotipados e efeitos visuais banais. Uma pena.
Luiz F. Vila Nova | Em 14 de Fevereiro de 2022. -
Um dos filmes trash mais bizarros, criativos e escrotos da década de 80, o que não é pouca coisa. Desde o visual sujo, a produção amadora, os personagens repugnantes até a criatura disforme que toca o terror por onde passa. Seu legado na cultura underground do gênero pode ser visto até hoje, como no recente Maligno (2021) de James Wan.
Luiz F. Vila Nova | Em 12 de Fevereiro de 2022.