Lupas (743)
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210 dos mais exasperantes minutos passados com qualquer filme na vida. A obra-prima de Eustache é um filme fantasmagórico, exaustivo e devastador.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
O método do Yes Man! parece ter sido imperante também na relação de Reed com o estúdio e seu astro. Um claro e bobo veículo para Carrey que não apresenta 1% da criatividade do diretor de uma das comédias românticas mais bacanas da década (Abaixo o Amor).
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Razão e primitivismo em choque neste que é um dos mais impressionantes exercícios formais já filmados. Um horror psicológico intenso e asfixiante passado quase em sua totalidade num casebre cercado por cárceres de areia. Obra-prima de Teshigahara.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
A efervescência da cultura pop brasileira adolescente - adolescente, e não para adolescentes - segue a todo vapor. De uma relevância tão grande para o cinema nacional quanto a de Restart e Cine para a música.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Mann reconstitui o painel político dos Estados Unidos pré-Guerra Civil e a rejeição de parte da população a Lincoln quando assumiu o poder sem fugir nem por um segundo da história policial (que se passa toda dentro de um trem e é espetacular).
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Filme que comprova através de suas poéticas e expressivas imagens o porquê de Mann, junto de Preminger, Ray, Fuller, etc, ter sido inspiração declarada dos franceses da nouvelle vague para a revolução cinematográfica proposta por eles anos mais tarde.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
A banda The Zombies, creditada junto ao elenco, participa de Bunny Lake de um jeito inusual: sonorizando um pub através de um show na televisão. É a chave para compreender a alegoria de Preminger sobre o mundo moderno e seus efeitos nas relações humanas.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
A América contemporânea (com seus avanços e incorreções) entra em choque com o homem em seu estado bruto, de pureza plena e despido de raízes culturais. Uma bela alegoria poética neste que é o grande filme de Hal Ashby.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Hitchcock detestava este esquizofrênico drama de época, mas é aqui que o diretor faz algumas de suas mais importantes experimentações técnicas. Os meticulosos planos-seqüência, travellings, gruas e a abstração narrativa fazem deste um filme fundamental.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
A habilidade de Losey é tão grande que ele faria até de mim um cara sofisticado caso filmasse minha vida. Eva é mais um bom filme cheio de belos planos e sequências requintadas desse mestre inglês.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
O mais vulgar e errático dos giallos italianos. Um perverso e depravado filme de serial killer cheio de deliciosas e sacanas observações mundanas de Martino. Tão bom quanto os grandes filmes de Dario Argento, Lucio Fulci e Mario Bava.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969. -
A história está escrita, ninguém muda (com exceção de Tarantino, claro), e o que faz deste um filme tão forte, além da expressividade cinematográfica, é justamente a preocupação de Losey não com o fato em si, mas com como seus protagonistas lidam com ele.
Daniel Dalpizzolo | Em 31 de Dezembro de 1969.