Lupas (397)

O elenco salva do desastre completo. Roteiro e personagens mal desenvolvidos e com situações que beiram o inverossímil total.

Frank não é um gênio por su a doença (o filme destrói essa romanização, acertadamente), mas é sua genialidade que o conforta diante da estranheza que sente do mundo.

Melancólico e duro documentário, comenta o cinema e a fama da melhor maneira possível: possibilidade de redenção e também indiferente ao rumo de cada. Essa ambivalência é bem explorada.

Parece que o frenético e enérgico ritmo de "Mad Max" ganhou as cores de "Drive" nesse intenso e imprevisível thriller.

Pena que toda estética só se iguale a mesma quantidade de monotonia da trama.

McDonagh reduz no humor (embora esteja ali) e entrega boa parte da condução aos atores. O resultado é um suspense competente que não se entrega ao moralismo tentador. McDormand e Rockwell gigantes em tela.

Vamos combinar uma coisa? Se a você precisa de uma cena de quase 5 minutos para mostrar o isolamento de alguém, isso não é "artístico", é puramente monótono.

A sensação de ver um filme abrir suas asas, mas nunca decolar torna Um Reino Unido uma decepção que não se torna tão lamentável por causa de seus protagonistas.

Falha muito ao querer esmiuçar e parecer querer antecipar o final, tornando possível assumirmos o mistério desvendado. Kenneth Branagh e o elenco brilham, e isso é o que não joga o projeto no lixo.

Aposta bastante na nostalgia, e chega a ser tocante quando faz isso. American Reunion é um bem-vindo retorno a East Great Falls.

Malgrado a perda de ritmo com uma "deus ex machina" na figura de Anjelica Huston, o charme habitual dos filmes de Allen subsiste. Frases como "Não posso ouvir Wagner. Fico com vontade de invadir a Polônia." pleiteiam das melhores de sua carreira.

Stephen King deve estar orgulhoso. "It" contém brilhantes cenas aterrorizantes e uma dinâmica carismática entre as crianças. Tudo isso na onda do revival dos anos 80 com muita referência a Spielberg e Kubrick.