Lupas (1504)
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O filme usa e abusa da quarta parede para narrar a história de uma moça com influências iranianas e norte-americanas,única mulher de uma família grande (mais 7 irmãos), tendo que sobreviver num mundo onde a globalização vai engolindo as particularidades culturais do sujeito. Stuart Hall, um renomado teórico cultural britânico nascido em 1932 e falecido em 2014, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da teoria cultural e na compreensão das dinâmicas da identidade na pós-modernidade.
Alan Nina | Em 20 de Janeiro de 2024. -
Antes de dar o play, é preciso respirar bem fundo para encher o pulmão de ar, e assim aguentar a correria solta. Esqueça aquela velha definição de filme francês como filme parado onde nada acontece. Vamos acompanhar durante uma semana a (literalmente) correria de uma mãe solo que se desdobra entre uma cidade longínqua e Paris, para dar conta de sustentar seus dois filhos deixados com a vizinha.
Alan Nina | Em 19 de Janeiro de 2024. -
A romantização da condição de vida precária pintada num quadro de comédia romântica por um cineasta claramente apaixonado por cinema (dadas as referências), mas incapaz de não afetar os personagens com seus maneirismo elitistas. Terrivelmente chato em sua maior parte do tempo, com personagens tão apáticos quanto gélidos. Ao menos acertou na lindíssima trilha sonora.
Alan Nina | Em 19 de Janeiro de 2024. -
Após a excelente experiência com "Carol", confesso que fui com muita sede ao pote para conferir esse novo trabalho do Todd Haynes, e confesso que esperava bem mais. Não que o filme seja ruim, o elenco consegue dar conta do recado muito bem, e seu início é precioso. Aliás, ponto para a sonoplastia da obra, que consegue criar e pontuar cenas interessantes, por mais que algumas soem gratuitas ("vai precisar de mais salsicha", com uma câmera que vai focando em tom de suspense no rosto da Julianne).
Alan Nina | Em 19 de Janeiro de 2024. -
O filme até começa bem, mas infelizmente ele não se decide sobre o quer ser. Do nada vira um road movie medonho e clichê, com vários pontos para tentar fazer emocionar: personagens mudando a personalidade, doença mental, volta ao passado. É de dar dó o roteiro disso aqui, que mais parece uma colagem de várias ideias. Ao menos a parte técnica e as atuações conferem dignidade à obra.
Alan Nina | Em 15 de Janeiro de 2024. -
Enquanto o primeiro "Meninas Malvadas" (Mean Girls), dirigido por Mark Waters, tem um ritmo estonteante e reflete muito bem a juventude da época (mesmo de forma caricata), a montagem do filme é responsável pela fluidez e pela mensagem que serviu muito bem para captar o espírito da época. Já este aqui, sobre com o ritmo, e nem falo tanto dos números musicais, além de ficar muito limitado ao original.
Alan Nina | Em 15 de Janeiro de 2024. -
Tanta tecnologia para a mãe virar uma galinha chocadeira? E a cena do parto foi pra lá de constrangedora, num filme arrastado que dá voltas a lugar nenhum.
Alan Nina | Em 11 de Janeiro de 2024. -
Não tem como levar a sério um filme desse, diálogo, situações e atuações constrangedoras. Era preferível ter se entregado à comédia. Tenta dar um tom meio "Crônica de cotidiano", e Uma Thurman até tenta conferir dignidade, mas sua personagem não convence (incrivelmente ela sai do nada de uma curadora fracassada a uma expert), fora que a situação é esdrúxula (um artista fake ganhando fama no mundo da arte). Ao menos a direção de arte está bem interessante.
Alan Nina | Em 10 de Janeiro de 2024. -
É um prazer imenso ver o cinema nacional fazer muito num cenário limitado (basicamente dentro daquele microcosmo que é a casa da família), e com isso interlaçar diferentes gerações para dar um verdadeiro retrato da "família tradicional brasileira" e seus perrengues. Tudo bem que é centrado em personagens de meia idade, mas aqui funcionou bem pelo talento das atrizes, em especial da Vera Holtz. Uma pena que a câmera esteja bem burocrática, alguns planos não conseguem ir além do televisivo.
Alan Nina | Em 08 de Janeiro de 2024. -
Não assisti a "Vivos" ou qualquer outro documentário sobre o caso, e confesso que talvez isso tenha contribuído para uma imersão tão profunda nesse filme como se realmente estivesse ali tentando sobreviver com eles. A câmera de Juan Antonio Bayona preocupa-se com o todo ao invés das partes, mas o faz numa colagem e edição que vai vomitando uma série de nomes para construir seu mosaico. Comigo funcionou.
Alan Nina | Em 08 de Janeiro de 2024. -
É com certa dor no coração que vejo aqui uma oportunidade de ouro desperdiçada pela Disney. Ao hierarquizar seus personagens (um rei e seus súditos), o começo até tenta não tornar a situação maniqueísta. Destaco aqui a cena onde a protagonista encontra o rei, o diálogo é muito bem construído. Mas após o prólogo promissor, o filme é tomado pela mentalidade dualista, pelo apelo direto aos sonhos não realizados, pela correria sem propósito (o que foi aquela passagem dela na floresta?).
Alan Nina | Em 05 de Janeiro de 2024. -
Salva-se o esforço do Willem Defoe para tornar a experiência mais palatável, por mais absurda que seja. Os textos são econômicos e rasos. Mas a grande questão é: por um acaso os discos do Ac/DC não são arte não, minha gente?
Alan Nina | Em 05 de Janeiro de 2024.