Lupas (800)
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Aqui fica claro: as intervenções de Seligman, mais orgânicas, serve à abordagem irônica de Von Trier da ninfomania. Afora o olhar sensível e controverso sobre a pedofilia, um filme bem aquém da discussão e do esclarecimento que se propunha a estimular.
Rodrigo Torres | Em 17 de Março de 2014. -
O interessante processo de construção e descontrução da lenda em torno de Mud vai sendo diluída numa trama boba, até desaguar num terceiro ato inexplicavelmente infantil (e bem convencional), haja vista que o filme trata justamente de perda da inocência.
Rodrigo Torres | Em 17 de Março de 2014. -
Há excessos, sim, mesmo que invista nisso - e uma queda de ritmo, provocada pela obsessão em mostrar o efeito de uma nova droga e contar um causo inusitado, comprova isso. Mas é divertidíssimo, cretino, corajoso (como não?)... Scorsese continua grande.
Rodrigo Torres | Em 27 de Fevereiro de 2014. -
Filme-homenagem com pouca sutileza e muita ingenuidade em contar que Mary Poppins é a versão fantasista da dura vida de sua escritora. E os flashbacks servem para mostrar como a doce e sonhadora Helen Goff se tornaria a insuportável P. L. Travers.
Rodrigo Torres | Em 27 de Fevereiro de 2014. -
Também não lembrava desse filme tão violento! E primor de crítica à tecnologia como força bélica e de consumo, a uma política repressora, inconsequente e ligada ao crime organizado, à alienação de uma sociedade falida e conformada. Padilha, faça chover!
Rodrigo Torres | Em 27 de Fevereiro de 2014. -
Lamentável que o grande público ainda não perceba que a grosseria do personagem, preconceituoso em todas as esferas, faz parte da sátira, ao tipo e ao jornalismo. Perde-se parte da graça, que é rir e refletir sobre tamanha tosquice. É o melhor do filme.
Rodrigo Torres | Em 27 de Fevereiro de 2014. -
Quando a elite se vê acima e não se enxerga ou o que há à sua volta, vide a iminência de uma grande guerra. Influente pelo uso de uma câmera dinâmica e que tudo capta, impulsionando o cinema de diálogos simultâneos e grandes elencos afinados de Renoir.
Rodrigo Torres | Em 20 de Fevereiro de 2014. -
Um par de cenas memoráveis com propósito narrativo claro, cru e chocante: discriminação significa ferir os direitos de um próximo e faz de você um senhor de escravos como Epps. Tem certeza de que é nesse mundo que você quer viver? Assim que você quer ser?
Rodrigo Torres | Em 19 de Fevereiro de 2014. -
A vida tortuosa de Davis como metáfora do Folk e drama único na carreira dos Coen, capazes de combinar uma melancolia genuína (que fotografia!) com o peculiar humor e excentricidade nos diálogos, personagens e situações de sua cada vez mais grandiosa obra
Rodrigo Torres | Em 19 de Fevereiro de 2014. -
A monotonia é tamanha que a gente até releva a postura burocrata dos militares, que diminuem o serviço dos historiadores de arte. E, nesse jogo de lençol pequeno, dá-lhe trilha sonora pra envolver o público. O pior de Clooney. Simplório. Chatíssimo!
Rodrigo Torres | Em 13 de Fevereiro de 2014. -
O que é mais belo que os olhos brilhantes - enxarcados de esperança e melancolia - de alguém se apaixonando por uma máquina, uma voz? Jonze torna essa relação concreta, e extrai dali reflexões das mais variadas e atuais, pelos mais variados vieses.
Rodrigo Torres | Em 13 de Fevereiro de 2014. -
Você pode pensar seu filme pro Oscar, explorando elementos típicos americanos e caracterizações fortes, se você conta uma grande história e de forma honesta, como Vallée faz em denunciar a indústria da AIDS e o preconceito a gays e soropositivos nos 80's.
Rodrigo Torres | Em 13 de Fevereiro de 2014.