Lupas (1003)
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Ozon, em dia de Truffaut, recua até à 1aGM para discutir a reconstrução de um romance, de um passado, e de um País. Contudo, a frieza geral da obra e sua estrutura episódica, sobretudo na 2a parte, diluem o impacto final. Classudo mas também asséptico.
Régis Trigo | Em 02 de Janeiro de 2018. -
Fiel à sua temática, Villeneuve emula Tarkovsky e o filme noir pra discutir temas como memória, origem da vida, e identidade. Longo (sem ser chato), reflexivo (sem punhetação), e, mesmo com um 3o ato meio blergh, possivelmente melhor que o cult de 1982.
Régis Trigo | Em 02 de Janeiro de 2018. -
O longo tour de force ambientado no motel, que casa com o estilo urgente da diretora, indica que há um grande filme perdido ali no meio. Mas o apressado 1o ato e o maniqueísmo das cenas do tribunal, diluem o impacto geral da obra. Bigelow em tom menor.
Régis Trigo | Em 02 de Janeiro de 2018. -
Não serve como revisão feminista do cult de Don Siegel, nem como um avanço na obra de Coppola, cuja sensibilidade e minimalismo não casam com o clima de luxúria e violência do material (caso raro de filme que deveria ser mais longo). Passa e não marca.
Régis Trigo | Em 27 de Dezembro de 2017. -
Ainda é uma cópia descarada de "Indiana Jones", made in Spain, tipo exportação. Mas dessa vez, o roteiro acerta na autoironia (a múmia é um achado), o casal central tem qúimica (a Sara é gatinha), e as cenas de ação são ótimas. Melhor do que a encomenda.
Régis Trigo | Em 27 de Dezembro de 2017. -
Johnson mantém o nível de espetáculo em alta, evita o faltório político, e, mais que isso, agrega à saga uma rara densidade psicológica, com heróis e vilões sem saber qual o lado certo da força. Difícil resistir à essa galáxia muito, muito distante...
Régis Trigo | Em 27 de Dezembro de 2017. -
Park volta à forma e transforma um material genuinamente trash em um filme ousado, perverso, ambíguo, sexy e violento. Não chega a ser um novo "Oldboy" (a duração é excessiva e o final é anticlimático), mas é bem melhor do que seus últimos trabalhos.
Régis Trigo | Em 22 de Dezembro de 2017. -
A idéia de resgatar o espírito dos dramas de guerra/espionagem dos anos 40, com um tom propositalmente estilizado (cenas de amor e do parto), é válida, mas a falta de química do casal central e o morno 3o ato prejudicam o saldo. Zemeckis ainda em crise.
Régis Trigo | Em 21 de Dezembro de 2017. -
Receita do sucesso: personagens centrais carismáticos, coadjuvantes com função (Bate Aqui rouba o filme), vilã à altura (Smiley é ótima), e autoironia na medida certa. Lembra "Divertida Mente", mas mesmo não sendo tão bom quanto, "Emoji" é beeeeem legal.
Régis Trigo | Em 21 de Dezembro de 2017. -
Sang-soo usa seu cinema bem pessoal (longas conversas e muita bebedeira) para falar sobre sua relação extraconjugal e exorcizar seus próprios fantasmas. Como sempre nos filmes do diretor (de quem não sou tão fã assim), a idéia é melhor do que o resultado.
Régis Trigo | Em 20 de Dezembro de 2017. -
Ade vai além da relação pai/filha, e aborda temas como capital/trabalho e a condição dos países periféricos da Europa. A proposta é boa, mas o tom nonsense (que me lembrou "Being There"), mais me irritou do que me aproximou dos personagens. Superestimado.
Régis Trigo | Em 20 de Dezembro de 2017. -
Há um quê do estilo visual de Mann (a granulação das imagens norturnas) e do fatalismo de Scorsese (ecos de "Caminhos Perigosos"), mas o hype em torno dos irmãos Safdie ainda me soa precipitado. Pattinson, fugindo da imagem de galã, domina a cena.
Régis Trigo | Em 20 de Dezembro de 2017.