Muito está se falando sobre este filme de Malick, e deve-se admitir, tem muito a ser dito. Um filme no qual tenta abordar muitos e diferentes assuntos, tanto assuntos inabordáveis, assim como simples. Um filme que tenta mostrar muito, sem explicar nada. Um filme que tente mostrar o mundo como ele é, como ele foi criado, as pessoas como elas são, como devem ser.
Esse filme, trata na verdade, sobre que caminho seguir, sobre os caminhos da vida. O filme já começa com a boba metáfora da graça e da natureza, no qual, obviamente percebemos depois, que a mãe escolhe a graça e o pai a natureza. Ao longo do filme, fica bem claro, que infelizmente a "natureza" triunfa. Como o pai repete muitas vezes que não se deve ser muito integro, senão nunca irá muito alto.
É um filme que pode sim ser visto como espectacular, mas somente aqueles que entendem e concordam com tudo aquilo que Malick tenta nos dizer, fora esses, o filme se torna fraco e muito entediante .A árvore da vida, tem um maneira no mínimo diferente de ser exibida, por meio de inúmeras imagens e uma dramática trilha sonora que está presente em demasia no filme. As imagens e sons, que para muitos é filosofia total, da na verdade uma falsa ideia de meditação e tem um grande poder de nos deixar entediados e sonolentos. A verdade é que, nesse caso, as imagens não dizem tudo, como o esperado. As cenas vão passando de maneira nada dinâmica, e apesar de todas terem sua devida importância, muitas delas nos parecem indiferentes.
Malick apresenta no filme questões existenciais, apresenta o mundo desde o seu início, e ao mesmo tempo nos mostra questões pequenas, porém ainda menos simples, como a base de uma família, o perdão e até mesmo o ódio. A mais pura conclusão, é que na verdade é um filme fácil, não é preciso pensar nem entender, somente sentir. Agora, o que sentir é realmente difícil decidir.
É como se Malick tentasse ir longe demais criando cenas exuberantes e personagens como o de Sean Pean, que acaba não tendo nenhuma finalidade. Os atores acabam sendo o ponto alto do filme, com actuações medianas porém conseguindo construir cenas bonitas e até um pouco intensas. Brad Pitt principalmente nos surpreende dessa vez, desenvolvendo seu papel clichê muito bem, actuando um pai rígido demais que no fundo só quer o bem de sua família.
O filme além de demorado, literalmente não tem fim, assim como a vida, nem tudo sempre é resolvido, as coisas só continuando seguindo, nem sempre pra frente.
O grande problema e talvez o grande motivo por ter sido aplaudido por muitos, é que Arvore da vida é um filme pessoal, que para alguns depois do filme terminado, não há impacto algum.
"Um dia você vai cair e chorar, e então você entenderá tudo."
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