Lupas (6)

O melhor no melhor do cinema francês, sua cozinha, se assim podemos dizer, é a construção de sua geografia espaço-temporal a partir de convenções. Marguerite não é sublime, mas vergonhosamente empolgante.

É bom enquanto se centra na personagem principal; as histórias paralelas, além de não serem interessantes, são muito mal desenvolvidas.

Inspirada na vida da cantora norte-americana Florence Foster Jenkins, um filme lindo e triste, as vezes viver na ignorância é uma boa saída, mas para se viver um sonho não é necessário apenas amar, mas tb tem que ter dom, Florence...

É inevitável a comparação com "Florence Foster Jenkins". Aqui temos um trabalho com mais personalidade e profundidade, porém menos contagiante e ritmado. Na balança, ficam no mesmo nível mediano.

Madelbos é um devoto de sua obsessão.

Marguerite não tem apenas uma premissa curiosíssima, é também um questionador sobre nossas próprias certezas do quão bons somos em determinada coisa e o quanto a verdade pode doer. Reflexivo em seu texto, belíssimo em seu visual e afiado em suas atuações.