Terror Tract, EUA, 2000. Direção: Lance W. Dreesen & Clint Hutchison. Elenco: John Ritter, Bryan Cranston, Allison Smith, Rachel York, David DeLuise, Carmine Giovinazzo, Brenda Strong, Fredric Lehne. Will Estes.
Um corretor, pressionado por seu superior e com tempo determinado para concluir uma venta, que honra sua filosofia “honestidade acima de tudo” recebe um jovem casal a procura de um imóvel. Indagado sobre o motivo do preço baixo para tão interessantes imóveis, ele revela os aterrorizantes acontecimentos vivenciados pelos antigos moradores de cada uma das três casas à venda. A primeira casa tem a história de uma esposa adúltera que passa a ter pesadelos com seu marido assassinado por seu amante, voltando feito um zumbi para se vingar dos dois, com final trágico. Na segunda, um pai é levado à loucura pela presença de um macaco maligno dentro de sua casa, trazido por sua adorada filhinha que resolveu adotá-lo. Na terceira e última casa em oferta, morava um rapaz com poderes extra-sensoriais que procurou uma psicanalista para alertá-la de que ela seria a próxima vítima de um serial killer que usava uma máscara de vovó para esquartejar moças. O casal, apavorado com cada uma das histórias, desiste da compra. Desesperado, o corretor mostra, da pior maneira, para o jovem casal, que eles estão mesmo no território do terror.
Antologia de histórias de terror com a participação do excelente John Ritter, de “A Noiva de Chucky” (1998), no papel do angustiado corretor. Seu último trabalho foi sua participação no filme “Bad Santa” (2003), com Billy Bob Thornton, tendo falecido logo após o término das filmagens, em 11/9/2003. O episódio do macaco e o de ligação (com a figura do corretor), são os melhores, e foram dirigidos pelo então estreante Lance W. Dreesen, também roteirista e co-produtor, que escreveu o argumento de “O Segredo do Fantasma” (1995) e dirigiu, depois, “Big Bad Wolf” (2006)
Por se tratarem de contos curtos, o ritmo é ótimo e as histórias nunca ficam desinteressantes. As três histórias têm finais inesperados e o destaque fica com os minutos finais do filme, com o retorno ao episódio de ligação, que tem humor-negro suficiente para agradar os fãs de séries como “Contos da Cripta”, por exemplo.
O elenco, de modo geral, é excelente. O ótimo ator Bryan Cranston, atuou também em “Contágio” (2011), “Argo” (2012), “Godzilla” (2014), e foi o protagonista em “Trumbo: Lista Negra” (2015). A interessante Allison Smith, que interpreta a jovem esposa promitente compradora, do episódio de ligação, esteve presente também em “A Reason to Believe” (1995) e “Helter Skelter” (2004). O único ponto fraco é o jovem ator, Will Estes, que faz o rapaz com poderes extra-sensoriais, na história do serial killer.
A palavra “tract”, no idioma inglês significa “terreno” ou “território”. O título original “Terror Tract” quer dizer: “Terreno (ou território) do Terror” – um título que seria pertinente e mais interessante do que “A Casa do Terror Tract” (usado para o lançamento no Brasil) que, além de ridículo, não tem qualquer significado, já que não existe um tipo de terror que pudesse ser classificado como “tract”. Ainda assim, não poderia ter o artigo “A”, colocado no título brasileiro, pois não se trata de uma determinada casa e sim de 3 casas situadas numa mesma área ou loteamento.
A edição nacional em DVD, pela Europa Filmes, traz a imagem no formato fullscreen, com som Dolby Digital 2.0 (em inglês e português). Inclui notas sobre o elenco e sobre o diretor. Gênero: terror. Duração: 96 minutos.
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