Confesso que Michael Bay me impressionou. Teve a coragem de falar mal de seu segundo trabalho sobre a saga dos robôs, disse que tudo foi resultado de um filme feito às pressas e prometeu um terceiro que superasse as expectativas.
Pois bem, cheguemos em 2011 e minha espera finalmente acabou. Nos 10 primeiros minutos do filme vi uma história muito interessante e acreditei que estava diante de algo bem feito. A chegada do homem na lua, cenas reais da época misturadas com efeitos como na cena do presidente Kennedy e, principalmente, como Cybertron estava envolvida em todos estes fatos reais.
Até que, repentinamente, somos levados desse bom nível para uma cena com as nádegas da (quase) atriz Rosie Huntington-Whiteley. Daqui em diante, o nível vai decaindo vertiginosamente...
Rosie apresenta um papel tão vazio quanto o de Megan Fox, sendo apenas um rosto bonito para aparecer nas piores horas. Ela interpreta Carly, uma moça atraente que usa sua beleza para galgar posição e enriquecimento. Chega a ganhar uma Mercedes-Benz SLS AMG do seu patrão, em troca de tamanha dedicação. Ela é a nova namorada de Sam, um rapaz desempregado sem dinheiro nem para seu almoço e ainda mora junto com ela. Seu desemprego é justificado por seu nome constar numa lista do FBI, assim ninguém quer contratá-lo. E por que esses dois jovens estão juntos? Ora, porque isso é Hollywood!
Sam se tornou um personagem totalmente dispensável à trama. Não há ligação alguma entre ele, os Decepticons e o rico empresário patrão de sua namorada Carly. Assim como seus pais que, pelo menos, aparecem em poucos instantes.
Há uma cena em que um Decepticon se joga de um prédio, cai em pé ao lado de Sam e sua namorada, arremessa um ônibus escolar e sai correndo atrás do nosso "herói". Oras, bastava simplesmente ele ter pisado no Sam ao cair ou tombado o ônibus nele ou ainda ter usado uma de suas armas poderosas contra o garoto, mas... Não! Quase todo tempo do filme os Decepticons fazem ameaças em cima de ameaças e assim vemos os atores principais sobreviverem. Ainda nesta cena Sam consegue arrancar o olho do robô e destruí-lo... Noutra cena três caças voando em alta velocidade são abatidos sem o menor esforço por naves Decepticons. Já em seguida uma dessas não consegue acertar nenhum desses principais atores correndo em solo!
E o design dos robôs, está cada vez pior. Muitos personagens novos sem a menor explicação de onde surgiram como a Ferrari Italia. Quando estão em sua forma andróide se tornam muito parecidos. Carros da Nascar com armas na carenagem surgem de sabe lá onde e até um deles simula um lutador de sumô. Temos novamente um robô de cabelos brancos...
A única coisa que não podemos reclamar é dos efeitos especiais. Perfeitos, muitas vezes não da prá dizer quando é algo computadorizado ou é algo real.
Minha dica é, se você espera uma boa história, assista os 10 primeiros minutos do filme; se o que quer são cenas de ação, explosão etc. assista os últimos 40 minutos. Se ainda assim quiser assistir à película inteira, se prepare para um filme muito mal escrito.
Nem parece ser o mesmo diretor de Pearl Harbor, Armageddon ou A Rocha. O fato é que Michael Bay aprendeu como se ganha fácil dinheiro no cinema: Nenhum história, rostos bonitos e muitos efeitos especiais.
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