Lupas (324)
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Leone puro sangue apostando em reviravoltas e traições de seus personagens bem engendrados e cativantes, com destaque sensacional para o grande vilão de Gian Maria Volonté em memorável atuação com perversidade, psicopatia e carisma. Como sempre, a fotografia é personagem da fita com um duelo final foda que já serve de esboço pro que ele aprontaria no material seguinte.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 19 de Outubro de 2022. -
Vale pela fotografia no que tange ao uso das cores e enquadramentos (sensacionais), e por servir de anúncio do grande artífice visual que Michael Mann estaria a se tornar. O clima de melancolia encaixa perfeitamente na proposição policial pensada, mas a narrativa é truncada, lenta, e perde-se muito tempo em repetições desnecessárias nalgumas cenas de roubo que não tensionam o quanto o filme visa prometer. E o fechamento não empolga.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 29 de Setembro de 2022. -
A preocupação com as imagens e o usufruto entre o antigo e o moderno na cultura cinematográfica, vinculam-se ao vício social em registrar o que quer que seja. O sarcasmo da não-sobrevivência. Tensão com essa fotografia rebuscada. Mas o ritmo não empolga e se agarra nas inúmeras alegorias que escolhe, mas sem ainda conseguir entreter sensorialmente como queria. Mesmo sendo (como se fala no Ceará) "marromeno", vale pela eterna inquietação de Peele, que segue buscando experimentar no seu cinema.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 16 de Setembro de 2022. -
Surpreendentemente interessante, usando das excelentes ideias do primeiro filme para montar um esquema de continuidade e partindo para um caminho simplista de sua trama, buscando ampliar o universo da saga. De cara o baixo orçamento é percebido frontalmente, mas se sobressai nas escolhas de roteiro que versam sobre temas como a sátira já contida na saga, e no fanatismo religioso. Vagabundamente precário e não menos divertido por isso.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 16 de Setembro de 2022. -
Tem nas escolhas de câmera seu maior trunfo, com planos-sequências bem engendrados na tensão - junto à boa caracterização do leão, assim como nos usos dos seus ataques -, onde a ameaça é decidida ao propor a presença do próprio espectador na violência. Mas o roteiro é esquemático o suficiente para meter os personagens em situações carregadas de estupidez quando perseguem o perigo. Além das duas personagens femininas adolescentes insuportáveis que não são massacradas pelo leão. Infelizmente.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 16 de Setembro de 2022. -
Christian Bale faz o que pode para dar alguma dignidade ao seu personagem. Só. Totalmente mal ajambrado na narrativa - que não tem a menor ideia do que acertar -, e o filme é descontroladamente imbecil em seu humor, passando muito do ponto de fazer alguma graça. Aposta na nostalgia das boas músicas e no visual tresloucado (que aqui não funciona) que era elogiado no filme anterior, mas este aqui é só uma aleatoriedade milionária mesmo. Vagabundo até na parte gráfica.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 02 de Setembro de 2022. -
Junção entre filme policial e Sci-fi arraigado em questões sociais advindas da imigração estrangeira e as reações xenofóbicas causadas. Salva-se pela interação da dupla principal e pelo comentário social, que servem de base para que o ritmo não caia. Material de pesquisa e referência para filmes como Distrito 9 e Bright.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 02 de Setembro de 2022. -
Sci-fi caseiro de orçamento de troco de pinga que se passa praticamente todo num único ambiente - fora algumas perambulações avulsas em ruas abandonadas em seu início. Mete seus personagens em cenário claustrofóbico e propõe interações hilárias entre os personagens com diálogos de frases feitas costumeiras de exemplos bagaceiros do gênero. Culminando nos ataques do monstro de borracha e plástico. Diverte pelo caráter semiamador de tudo que propõe, além da tremenda cara de pau.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 01 de Setembro de 2022. -
Filme menor desta safra interminável dos materiais de super-herói e que acerta exclusivamente pela presença de Stallone. Escolhe o caminho mais fácil para a construção de seus personagens batidos - o herói velho que volta a ativa, o garoto problemático que ajuda o herói ficando em perigo pro último agir, a mãe protetora do garoto, o vilão unidimensional com plano de destruição -, mas tira a atenção em alguns momentos pelo trabalho gráfico medíocre. A revelação ao final diverte.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 31 de Agosto de 2022. -
Esquisita e cafona mistureba marmotosa de feitiçaria demoníaca com tecnologia cibernética, numa espécie de citação cyberpunk dos pobres. Causa curiosidade pela proposta. A narrativa segue o conceito básico do sujeito sendo pressionado e humilhado por colegas até explodir na matança - copiando Carrie -, aqui somado ao gore bem usado em seu encerramento. O ritmo lento de seus dois terços iniciais é compensado pelo agito do morticínio no terceiro ato.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 31 de Agosto de 2022. -
Versa sobre as origens da mistificação zumbi na sociedade ocidental pelo viés norte-americano, com seus vícios consumistas e críticas de costumes sendo postos em pauta. Com boa participação de diretores recorrentes e apostando em outra lombras, como o tesão conspiratório da galera por ameaças inventadas.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 30 de Agosto de 2022. -
Parte da perspectiva da estória insana que circula o filme. Se vale da sua tradicional narrativa de curiosidades de desastres para se promover além de manter a dúvida viva se realmente prestaria a fita sob a batuta de Stanley. Este último passaria por um inferno escroto ao lidar com conflitos de ego e de uma produção grande demais para o seu controle. Insanidade e putaria.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 30 de Agosto de 2022.