Lupas (326)
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Aposta no subterfúgio da violência escrachada com humor pra vender narrativa adolescente, propondo algumas boas referências ao personagem Drácula, principalmente ao filme de 1931. Tem alguns personagens avulsos que não somam com suas subtramas, mas diverte em sua porralouquice e tem um ponto sensacional (salva a fita inclusive) a seu favor que é caracterização foda do Nicolas Cage com seu Drácula cínico e tenebroso. Os trejeitos e maneirismos do exagero do ator encaixam perfeitamente. Foda.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 04 de Maio de 2023. -
Uma marmota. A capacidade da produção em desperdiçar uma oportunidade de exploração de um mundo novo de forma criativa é tão medíocre quanto óbvia. O que esperar de uma fita como essas que não abraça o exagero bizarro com gosto e nem se propõe a fazer uma ameaça seria a seus personagens. Fica no meio do caminho. E como tal escorrega em todas as suas escolhas. Jonathan Majors tem destaque por tentar dar o máximo de profundidade e e dignidade a seu personagem. O único destaque desse negócio.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 25 de Abril de 2023. -
Segue o procedimento estético visto nos filmes anteriores com seus usos de cores e pancadaria em exagero. Consegue se impor conseguindo dribrar nalguns momentos o caráter de cansaço que uma saga desta envergadura enseja. Tem um antagonista excelente em Donnie Yen e segue o padrão próprio em esculachar um pensamento elitista nas figuras da cúpula criminosa, sempre com trejeitos escusos e farsas vistas (Bill Skarsgård). Se repete pra continuar se vendendo. E continua funcionando.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 25 de Abril de 2023. -
Acerta no tom de idiotia pra abarcar a obra de início, com gráficos minimamente decentes do urso Zé Droguinha engolidor de pó. Mas o excessos de personagens em diversas subtramas acabam por travar o ritmo, deixando alguns momentos cansativos, um crime pra um filme de pouco mais de 90 minutos. A boa dose de violência aliada a alguns momentos bem sebosos e imbecis dão uma boa salvada. Diverte demais nesses pontos. Mas poderia ser bem mais subversivo e pilantra.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 29 de Março de 2023. -
Raspa o material base - não somente por questão de metragem, mas de narrativa e escolhas ideológicas - não tendo o impacto esperado por uma ideia interessante de se debater. A HQ ao menos tentava meter um tom condescendente à leitura do comunismo querendo apontar pontos de convergência e divergência entre sistemas, mas sempre condenando o primeiro obviamente - de forma por vezes tacanha -, mas a animação em questão parte para a ufanismo alienado e imbecil. E na ação é só ordinária.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 11 de Março de 2023. -
Boa animação e ótima escolha de material base. Mantém o esqueleto da HQ homônima e segue o padrão das animações adaptadas cortando aquilo que ache necessário para encurtar a metragem. Algo que na maioria das vezes prejudica o material final e aqui não é diferente. Inclusive por tirar o poder do antagonista, concentrando tudo no charada, o que acaba por ser inverossímil. Mas as boas cenas de ação e o bom ritmo fazem bem a fita.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 10 de Março de 2023. -
Perde a oportunidade de meter algumas rimas visuais já provenientes da HQ de Moore, mas compensa com alguns frames de ótima homenagem à obra. Não tem o clima melancólico do material base, seja em enquadramentos ou cores. A animação é decente e encaixa com o tema, mas a primeira meia hora com uma trama subalterna é completamente esquecivel. Inútil. Coisa de quem não sabia como esticar a metragem do material, na tentativa de dar mais uma camada dramática. Que falha miseravelmente.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 09 de Março de 2023. -
Segue o padrão decente DC/WARNER, mas as conveniências e cacoetes chegam nas raias de encher o saco. Planos frustrados por burrice dos próprios vilões e algumas frases feita imbecis e tratamentos genéricos a alguns personagens. Mas há uma decência no trato tanto de superman e - principalmente - Batman, que consegue manter o filme minimamente vivo. Ordinário, mas vivo.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 09 de Março de 2023. -
A terceira parte da saga infernal de Frank Zimosa enquanto tenta escapar das garras dos demônios. Na marra. Bem parecido com a segunda fita com o caráter de game (cada filme parece uma sequência de fases de jogo) explodindo na tela tanto quanto as vísceras de criaturas diversas, que são destroçadas sem cerimônia. Tem bom ritmo e apresenta uma interessante loucura a mais no seu fechamento, que obviamente aponta para a próxima fita. A violência trash descabida faz valer a pena. Massa demais.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 08 de Março de 2023. -
Continuação sangrenta e bagaceira, de maneira abissal. Narrativa ágil enquanto se perambula por um cenário infernal interessante - dentro das proporções de orçamento da fita. Apega-se demais ao caráter de câmera em primeira pessoa onde o tom de estarmos assistindo a um videogame não é só óbvia, como gritante; algo que a narrativa tem mais culpabilidade na jogada do que a técnica. Coisa que a primeira fita soube se adequar melhor. Mas diverte pela porralouquice apelativa. Beleza demais.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 08 de Março de 2023. -
Reverencia o material base, mas segue seu próprio caminho. Na segunda metade entrega clima opressor numa casa-jaula que faz valer a pena o destroço. O bodyhorror é de primeira assim como o decente uso dos cenobitas, como figuras partícipes e não centralizadas. O que ajuda na permanência de mistério e curiosidade mórbida daquele universo. A protagonista é por vezes histérica demais na frescura, algo que enche o saco, mas isso não avacalha o todo. Uns minutos a menos deixaria o troço melhor.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 07 de Março de 2023. -
Aponta o caminho da enganação interna como mote dos jovens alemães pra entrar no conflito (algo que deveria ser mais latente). A realidade da guerra os ensinaria o contrário. A repetição de batalhas coadunam com a nomenclatura da obra, com o Front subrepticiamente mostrando os corpos destroçados caindo, a novidade não existe. Tudo isso açambarcado por um capricho técnico de onde a fotografia pinta a tela com belas paisagens em contraste com a secura do combate.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 06 de Março de 2023.