A moda das adaptações para o cinema de quase todos os meios possíveis como por exemplo: Literatura, games, HQ's, etc, mas para isso é necessario (caso a mesma não seja tão fiel) que esteja presente pelo menos a base do original como lugares e paisagens, o tema e estrutura e principalmente (na minha opnião) os personagens. Neste Resident Evil Paul W. S. Anderson mostrou como destruir (pela segunda vez) a reputação de um game tão bem desenhado e adorado como Resident através de uma adaptação tão mal escrita e condusida como esta.
O Resident do cinema é totalmente recriado para tentar (segundo o diretor) chamar possíveis novos fãs e assim elevar o nome da franquia dos consoles, onde é mostrado a Umbrella corporation que se tornou a maior empresa do mundo (e o que aconteceu com a Microsoft ou a Coca-Cola?) apartir da produção de equipamentos farmacêuticos e produtos de consumo, mas que secretamente desenvolvia armas biológicas e produtos virais que acaba se espalhando pelo laboratório após uma tentativa de roubo e para evitar uma contaminação maior o computador central que controla tudo chamado "Red Queen" ativa suas defesas e termina por matar todos os presentes no local.
Todo o filme foi criado apartir de pequenas notas tiradas do primeiro jogo como: a mansão, o laboratório e as armadilhas (que proporcionam a melhor sequência do filme) e que no inicio até convence, mas se enrola em suas proprias ideias e adota a filosofia do "vai assim mesmo, pois vai que cola" (e parece que até hoje está colando), e acaba que gradativamente vai se tornando uma decepção tanto para os fãs como para a nova geração.
O roteiro P. W. S. Anderson começa errôneo ao esquecer de todos os personagens da série e outros pequenos detalhes como a S.T.A.R.S. ou os monstros criados pelas experiências (alem da mostrada no filme) e como disse se perde em suas ideias como os irregulares flashbacks e o clímax revelado de forma risível. A parte tecnica seque o mesmo caminho pois se no jogo o suspense e a tensão são constantes onde cada porta guarda uma surpresa, aqui esses elementos se apoiam nos efeitos sonoros que ultilizam o aumento repentino do volume a cada momento desse tipo. A maquiagem em momento algum convence junto com a violência que o genero pede e que não chega nem perto dos zumbis de George A. Romeiro. A fotografia com uma paleta pendendo para as cores sóbrias até da um tom dark a trama, mas a camera abaixa esse nível ao a quase todo momento impregar zooms (in e out) que reduz um pouco o impacto da cena e seus flashbacks com imagem granulada só enterra esse a mesma. O que salva (em algumas delas) são as cenas de ação como a alucinante sequência dos lasers.
Os personagens aqui foram todos recriados e que faz com que se perda, de certo modo, a identidade da película, mas que poderiam ser facilmente comparados com os originais como Milla Jovovich que poderia ser comparada com a Jill Valentine, pois além de ser um anjo transmite segurança, simpatia, sensualidade e é durona o suficiente para se acreditar em suas proezas. Já Michelle Rodrigues não daria uma boa Rebbeca Chambers porque além de ser do grupo médico é um tanto mais doce que Michelle, mas ela mostra como fazer misérias contra os zumbis do que muitos outrs por aí. O capitão da equipe poderia ser Billy por sua liderança e coragem. Mesmo assim faltaram dois principais para serem "representados" o Chris e principalmente o Wesker e uma das histórias para a transformação para um outro grande vilão da série (na minha opnião) convence.
Criado para novos e velhos fãs e amantes (e desapontando ambos) Paul W. S. Anderson consegue transformar Resident Evil em um filme de sessão da tarde.
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