A obra-prima máxima do melhor diretor da atualidade.
Steven Zaillian ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado no ano de 1994 por passar dos livros para a telona a verídica história do livro de Thomas Keneally.
Os fatos se passam numa obscura Polônia coberta pelo malicioso antissemitismo pregado pelas invasões nazistas. No meio de toda essa perseguição, um homem, Oskar Schindler, um membro poderoso dentro do partido nazista, mas que na verdade não apoia nem é contra o III Reich, reabre uma fábrica de esmaltados com o simples objetivo de lucrar com a guerra. Então este homem utiliza a mão-de-obra escrava judia para atingir este objetivo.
Seu assistente Amon Goeth, esse sim, é um grande seguidor da vontade de Hitler, quando vê que um dos judeus não está trabalhando ou não cumpre direito sua tarefa, assassina-os friamente. Oskar Schindler também era um homem frio, sim, mas longe de ser desumano, era sempre mais racional.
Mas havia uma coisa que Schindler não sabia: ao "contratar" judeus para a sua fábrica, ele estava salvando os mesmos dos campos de concentração e até da morte. Ao presenciar a verdadeira crueldade que seus compatriotas faziam com os judeus, então ele resolve salvá-los de uma vez de toda essa covardia e abre mão de todo o dinheiro que a fábrica podia lhe proporcionar e passa a abrigá-los em sua indústria sem trabalharem. Durante sete meses, ele utilizou o que tinha de grana para subornar membros do partido nazista e conseguir proteger mais e mais vidas.
Pois bem então, Steven Spielberg dessa vez foi mais genial do que nunca, a forma como ele trata a imagem do longa é perfeita, filmado em preto-e-branco para nos dar a sensação de trevas e que estamos realmente entre os anos 1939 e 1945. Tudo isso lhe rendeu um Oscar de melhor montagem, além disso, nos levou a um campo visual jamais visto em filmes sobre a Segunda Guerra, graças a monumental fotografia.
Spielberg também sabe como gerenciar atuações, em todos os filmes dele, nesse daqui mais do que nunca, transmitiu a sensação de realidade com atuações seguras e precisas, aonde reina a de Liam Neesom.
Esse ator até então pouco conhecido viveu o clímax de sua carreira, esteve impecável vivendo o homem que hoje é um herói para os judeus, Neesom nos passa todos os sentimentos vividos pelo seu personagem de maneira monumental, o ator perfeito para a obra-prima de Spielberg.
Essa obra de arte beirou a perfeição, esteve muito perto de lá, mas foi desnecessária a aparição da menina de vestido rosado, um recurso sentimental totalmente descartável. Gostaria também de usar o mesmo vocábulo para definir a cena dos judeus salvos colocando pedras em cima do túmulo de Oskar Schindler. Para uns, já comovidos até a medula com o poder do longa, não faz diferença nenhuma, mas teria sido bem melhor se acabasse ali em preto-e-branco e pronto.
Por fim, uma obra obrigatória para amantes de História, cinema e da Segunda Guerra, um documento de valor extraordinário sobre os momentos mais tristes da vida da humanidade.
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