Começou bem Sony!
Lembro-me muito bem da minha primeira tentativa de assistir Homem-Aranha 3 no ano de 2007. Com uma fila gigantesca no cinema, cheguei com duas horas de antecedência para assistir a penúltima sessão e só consegui para a última, esta já com pouquíssimos lugares. O mais impressionante é que ninguém desistia (eu e meus amigos inclusive), pois era um dos filmes mais aguardados do ano e ninguém queria perder, além de ser o último capítulo da saga de Sam Raimi.
Vou confessar, valeu a pena? Na época eu diria que sim, pois era muito jovem e estava enlouquecido para assistir aquele filme. Hoje eu teria feito tudo diferente se soubesse como era o filme. Não que ele fosse ruim, aliás, esta longe disso, mas com certeza não teria feito tudo o que fiz para assisti-lo por entregar um trabalho aquém das minhas expectativas.
Agora, cinco anos depois estamos aqui novamente, não só com o Homem-Aranha de volta, e sim com “O Espetacular Homem-Aranha”, que é isso tudo e muito mais. Dessa vez sem Sam Raimi (pena), mas com um diretor não muito conhecido do público, que apesar da pouca experiência, já tem em suas mãos um blockbuster de respeito, e entregou o que prometeu. Refiro-me a Marc Web.
Web conseguiu fazer nesse filme tudo o que Sam Raimi não havia conseguido com a trilogia, apesar de gostar muito do imbatível Homem-Aranha 2. Temos agora um Peter Parker realmente jovem, com atitudes e inseguranças que qualquer jovem tem na mesma idade, só que desta vez as mesmas são bem mais críveis do que as dos filmes antigos.
Andrew Garfield e Emma Estone formam o casal da nova história e tem um feeling realmente impressionante, conseguindo mostrar aquela química que tanto queremos ver entre o par de protagonistas em qualquer gênero de filme. O mesmo não posso dizer do antagonista da história (se é que ele pode ser chamado assim) Dr. Connors, amigo do pai de Peter. Connors é sem dúvida o vilão mais sem graça de todos os filmes já feitos sobre o homem aracnídeo. Pouco se revela sobre o mesmo, sabemos apenas que ele é inconformado com sua deficiência física no braço e que quer a todo o custo voltar não apenas a ser normal, mas sim ser perfeito. Seria até uma boa premissa para suas atitudes se a mesma tivesse sido levada a sério durante todo o filme, e se nós espectadores ficássemos com mais raiva do grande lagarto em que se transforma, do que com pena.
Tirando esse “pequeno” mas importante detalhe, Web acerta em todos os quesitos: trilha sonora belíssima, que cresce durante o filme; fotografia impressionante, com enquadramentos que nos mostram a cada cena o quanto os saltos do Homem-Aranha são muito perigosos; e cenas de ação, que para muitos deixaram a desejar (o mesmo foi dito sobre o primeiro filme de Sam Raimi), mas que para mim estavam na medida certa, e ficaram ainda mais magníficas com um bom uso do 3D.
O Espetacular Homem-Aranha é muito bom não apenas por tudo o que contei acima, mas também por ser mais fiel aos quadrinhos, vale a pena conferir. Pode ser ainda que eu esteja errado e que este filme seja realmente desnecessário como a crítica especializada anda comentando, isso só o tempo dirá. Dentre as opções que a Sony tinha em mãos, o reboot foi mesmo a melhor escolha, mas certeza disso só no final dessa que vai ser mais uma trilogia bilionária de Hollywood. Começou bem Sony!
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