- Direção
- Alain Resnais
- Roteiro:
- Alain Robbe-Grillet
- Gênero:
- Drama, Romance
- Origem:
- Alemanha Ocidental, Áustria, França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 94 minutos
- Prêmios:
- 35° Oscar - 1963
Lupas (29)
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2023 Outubro - 097
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"Marienbad" é um objeto estranho e fascinante. Um experimento singular e enigmático. Um labirinto onde a grande sensação é se perder na simetria absoluta da imagem. Uma viagem pelos fragmentos desesperados da memória. Um encontro com fantasmas de tempos esquecidos. Filme que atinge novos significados a cada revisão. Revela possibilidades não imaginadas. Deixa uma inebriante neblina de mistério que nunca se esvai. É uma obra-prima que ostenta o título como poucas.
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Há algo sutil, provocador... Mas é excessivamente aberto tanto na imagética quanto na dialética, com a distância para a tela - mesmo com boa vontade - se tornando um abismo a cada segundo que se passa. Muito difícil cravar se é uma obra boa ou ruim, mas não deixa de ser um aborrecimento.
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Quando terminou a sessão tortura e eu não entendi nada, me senti burro. Dei um Google e fiquei aliviado... O filme é considerado incompreensível por 90% das pessoas. Belíssimo sonífero, obra destinada àqueles que conseguem extrair "beleza" e "arte" de um quadro todo branco com um borrão vermelho no meio.
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Pessoas estáticas, sombras, trilha sonora e muitos outros componentes nos remetem ao total desconforto e desorientação, em um filme de difícil compreensão mas de um quase inacreditável deleite visual.
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Lento, difícil, pesado... mas uma belíssima compilação de som, fotografia e jogo de imagens. Reflexivo, do ponto de vista entre tempo, espaço e memória... ou seja, tão díficil de compreender como a nossa própria memória.
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Um labirinto tão complexo e impreciso quanto nossa memória. Uma obra de arte, literalmente falando, em que você se perde na repetição e na montagem, mas se encontra na beleza de uma fotografia tão perfeita capaz de te prender ao hotel... Assim como eles.
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Um rigoroso exercício cênico que Renais realiza com maestria e elegância. Não se trata de narrativa, mas de fantasmagorias que habitam diferentes camadas de tempo e espaço, utilizados para despertar determinadas sensações. Obra-prima.
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A paixão, o encanto, o delírio tão fora desse mundo que faz a maior das loucuras ser possível parece jorrar inexplicavelmente do P&B que Resnais usou pra filmar os meandros da assimétrica mente humana, quando aficionada numa idealização personificada.
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é de cortar os pulsos de tão chato,enfadonha e cansativo.
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É pura poesia em preto e branco!
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Marienbad. Esse terreno mítico onde se perder é apenas essencial.
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O conflito entre memórias vaporosas e arquiteturas concretas.
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Apesar de tudo, é um filme muito bom.
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Memórias são evocadas. Nunca da mesma maneira. Quão antigamente é ano passado? Indescritível a beleza dos planos oníricos em preto e branco de Resnais. Lentos e hipnóticos.
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Fantoches e cenários que se fundem em um pesadelo obsessivo. O tudo ou o nada. O tocar incessante do orgão. Afinal, o que realmente aconteceu em Marienbad? Não importa mais, o jogo acabou e fomos nós que tiramos a última peça.
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Um filme sem noção alguma de tempo, lugar, verossimilhança, diálogo, personalidade... assim como o ser humano.
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03/09/06
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Muito hermético, porém belo.
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Uma amálgama de lembranças e devaneios que fluem através dos intermináveis corredores labirínticos da memória, convergindo em imagens oníricas e sons etéreos, confundindo-se em meio à arquitetura captada pelos enquadramentos precisos de Resnais.