- Direção
- Roteiro:
- Rudy Wurlitzer (roteiro), Will Corry (roteiro e história)
- Gênero:
- Origem:
- Duração:
- 102 minutos
Lupas (36)
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Um filme sobre a moléstia da existência. A insatisfação. A farsa. Levar ao limite a ordem natural vazia das coisas. Fugir para não ter que encontrar a si mesmo (Contradição e desespero). Um país em transe, perdido no mito de sua grandeza. Monte Hellman coloca seus personagens em meio a desintegração de um mundo aparentemente sem sentido e absurdo. Não há refúgio, mas decepção, vazio, tédio. A palavra é negada. Nada que mereça ser dito. O filme queima em desalento. O sonho é pesadelo. Obra-prima.
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"I can't get no satisfaction...". Hellman projeta o desapego em um road movie. As pessoas entram na nossa vida como os caronas nas beiras das estradas e saem quando querem, sem precisar nos dar satisfação. E seguimos em frente, sem olhar para a estrada.
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Esta é a única atuação de James Taylor como ator, (além de participação especial como ele mesmo em "Pessoas Engraçadas"). Ele é o único dos principais atores do filme ainda vivo hoje (2020). Laurie Bird (Galo de Briga (1974) e Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), em 1974 iniciou um relacionamento com Art Garfunkel que durou cinco anos, até que ela tirou a própria vida em 1979 com apenas 25 anos.
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Vale por alguma ou outra cena que será familiar para qualquer pessoa com simpatia pela geração retratada. Faltou uma serenata do James Taylor no meio da estrada, mas levando em consideração o nível do filme, talvez ele só tenha sido poupado mesmo.
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Vale da beleza pela paixão de uns jovens por carros, da fuga das regras, da ordem. Mas sua maior perseguição se trata por amor, companhia. Uma jovem perdida, nômade, vira o instrumento de possessão que todos os homens no filme desejam, mas não podem possuir. Com a paciência tão característica dos filmes anos 70, aqui me falta uma maior atenção aos seus verdadeiros conflitos, enquanto que a melhoria dos carros é frequentemente abordada. Poderia ser maior, como seu final.
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O filme mais insípido que já vi, os diálogos são uns dos piores e mais despropositados possíveis e as atuações são sofríveis.
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Isso aqui é muito mais que um filme. É transcendental sua experiência. Não teria como ser mais sensível, mesmo onde só existe frieza. Ainda estamos correndo?
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Two-Lane Blacktop é a documentação de Hellman sobre o tempo, a juventude, o descompromisso e o proprio cinema. Obra-prima do hall dos maiores que a arte.
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Contrasta o sentimento de liberdade da época e de se pilotar um carro com a prisão de uma vida sem rumo, vazia, desinteressante e sem futuro. Velozes e irritantes.
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Monte Hellman pode até ser outside de Hollywood, porém este filme contém todos os elementos que a indústria necessitava a época (início dos anos 1970) para se fortalecer perante a tv.
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O final de um filme e de uma geração.
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Até me agradou o fato de não ser uma espécie de Velozes e Furiosos, ainda que seja um retrato um tanto fútil de uma juventude fútil que é tratada como uma leve crítica ao invés do título moderno que faz questão de exaltar a boçalidade de seus personagens.
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Eles odiavam ouvir banalidades de estranhos, pois a existência deles mesmos já era de um profundo incômodo.
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Materialização dum universo particular bastante presente em determinada época. Este frio, vazio e sem rumo trajeto, partilha as sinuosidades da vida enquanto procura um propósito, ou direção para seguir com a corrida sem fim.
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Quando os destinos se resumem à um imenso vácuo.
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Bem parecido com Sem Destino, mas aqui rola um fetichismo com carros que demonstra bem o desinteresse pela vida e sociedade dessa geração.
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07/06/14
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Inferior aos ótimos trabalhos de Hellman em westerns, Corrida Sem Fim traz o retrato de um geração despretensiosa e informalmente traz uma imagem que espelha o cinema de Hellman. Ser vazio foi o objetivo.
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O título nacional já diz tudo. Corrida sem fim, sem rumo, sem destino...
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Não se deve majoritariamente analisar Two-Lane Blacktop como o retrato contracultural de uma época, mas como um filme de tênues reflexões e abismal abstratismo. Por sua economia e crueza aplicadas a um vazio existencial, é um filme que se autofagocita.