Seja governo, seja trabalhador com carteira assinada, seja um matador de aluguel, todo mundo luta primeiro pra garantir o seu. Negócios são negócios, liberdade e coletivismo vão até onde começa a sobrevivência. Tudo simples. Tudo suave. Tudo tão irônico.
A vindima cinematográfica estadunidense pós-recessão ganha um novo item. Em diálogos extensos e, por vezes, maçantes, o reflexo de uma conjuntura financeira caótica se delineia e as ações dos personagens mostram a apoteose do individualismo capitalista.
Os paralelos entre o mundo do crime a política, com as eleições e a crise norte-americana, com diálogos afiados, fazem o filme ir muito além de mais um sobre "máfia", como o título nacional dá entender. O personagem de Pitt só quer fazer seus serviços.
Discurso politico como plano de fundo, metáforas socias, violencia estilizada e realismo. James Gandolfini e claro Brad Pitt dividem os melhores dialogos do filme e também não posso esquecer da belissima cena do assassinato em camera lenta.