O maior mérito do filme é o seu elenco, principalmente o trio Denis Menochet, Thomas Gioria e Léa Drucker. Mesmo sendo iniciante, a direção de Xavier Legrand é ótima, raramente deixando o ritmo cair e com ótimos movimentos de câmera. Custódia é um ótimo filme, com um dos últimos 25 minutos mais tensos que eu vi recentemente. Altamente recomendado.
História simples, e com uma premissa nem um pouco original, mas que ganha o público graças a ótima atuação do garoto (linguagem facial espetacular), o tenso clímax no final, e o retrato realista com algumas nuances de como o ser violento age.
O filme anda devagar ate chegar na cena clímax, que é uma das cenas mais empolgantes e assustadoras que vi nos últimos anos no cinema, parecia que estava la naquele lugar sentido a mesma coisa dos protagonistas. As atuações e a direção são o ponto alto.
Da latência à concretude, a câmera de Legrand, em tom eminentemente naturalista, convida o espectador a testemunhar a violência e a maneira como sua sombra se espraia na vida dos afetados. A sequência da festa e o clímax merecem particular destaque.
Uma aula sobre como abordar um tema social delicado e fundamental. O trabalho de câmera classudo de Legrand eleva ainda mais um material já poderoso, com personagens densos e discussões profundas e que escapam totalmente de simplificações.