Começo este comentário com dúvida se gostei ou não do filme...
Logo no início, somos brindados com um belo sermão do padre Flynn (Philip Seymour Hoffman, ótimo como sempre) sobre a “dúvida”. A partir daí, e ao longo de todo o filme, o tema se fortifica cada vez mais.
Talvez motivada pela inveja que sente do padre (aparentemente mais humano, progressista e carismático), a irmã Aloysius (Maryl Streep, também excelente) começa a desconfiar do seu comportamento com os meninos da escola. Esta suspeita se transforma em “certeza” quando uma freira professora lhe narra um acontecimento, envolvendo um de seus alunos. A partir daí, a religiosa vai acuando cada vez mais o sacerdote, pois tem “certeza” de que ele é culpado.
Desta forma, o filme, ao mesmo tempo em que questiona alguns aspectos da vida religiosa, debate temas como inveja, intolerância, incompreensão e, acima de tudo, o verdadeiro papel da igreja na sociedade.
Quanto ao principal tema, o roteiro realmente nunca deixa a trama totalmente clara ao espectador, seja as verdadeiras motivações da irmã “malvada”, que tudo indica tenha passado por alguma situação difícil anteriormente com algum clérigo, seja os atos praticados pelo padre.
Ao final, a única certeza que se tem é a dúvida quanto à inocência ou culpa, seja do padre ou da freira...
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