Para Sempre Cinderela I Crítica do Filme I Sophia Mendonça
Hoje quis falar de meu hiperfoco, Cinderela e Humanismo. Portanto, escolhi o filme Para Sempre Cinderela para a minha coluna do Mundo Autista. Aqui falo sobre autismo, cinema e narrativas de vida.
Para Sempre Cinderela começa com uma senhora idosa propondo contar a sua própria narrativa do conto de fadas. A partir de então, o que vemos é uma obra surpreendente e autoral. Dessa forma, o filme revitaliza o clássico com energia e paixão.
Por sinal, o filme se ancora no desempenho de Drew Barrymore. À época, a estrela se recuperava da imagem desgastada de atriz mirim envolvida em escândalos e usualmente interpretava papéis rebeldes. Desse modo, ela traz essa bagagem impetuosa para Danielle de Barbarac. Isso, sem perder de vista a ternura do papel. Não é difícil perceber pois, o motivo de esse ser um dos meus maiores hiperfocos. Cinderela e Humanismo caminham juntos na minha própria construção de narrativa de vida.
Aliás, todo o filme carrega uma dimensão humanista para a história. Desse modo, a baronesa Ludmilla de Ghent (Anjelica Houston) é cruel e manipuladora com a enteada. Mas também é capaz de evidenciar seu próprio trauma em relação ao casamento. E até mesmo preocupações maternais no que se refere à enteada e às próprias filhas.
Nesse meu hiperfoco, Cinderela e o Humanismo, percebo a complexidade de cada personagem e é isso o que me encanta. Desse modo, o roteiro trabalha a ideia de encontros coincidentes e informações atravessadas com nova roupagem. Logo, aproxima-se do feminismo moderno, muito mais que qualquer outra versão do conto. Essa afinidade com os ideais feministas, aliás, ocorre menos pelas situações e mais pela postura da protagonista. De maneira similar, Andy Tennant conduz o filme com um vigor impressionante. Desse modo, coroa uma obra profundamente doce e comovente, que vai do humor ao romance.
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