Taxista de elite
O filme “Taxi Driver”, do Scorcese e “Tropa de Elite” de José Padilha, são filmes que se iluminam mutuamente. O filósofo Patrick Pessoa faz uma análise fantástica destes filmes neste texto: http://www.cebela.org.br/site/baCMS/files/718507CIN1%20Patrick.pdf
O bom e crítico cinéfilo vai aproveitar bastante estas páginas de analogia sagaz e literária.
Quase toda obra de Scorcese baseia-se numa análise da cidade de Nova York, em seus aspectos culturais, sociais, políticos e antropológicos. Scorcese é ítalo-americano, cresceu em Little Italy. Com 14 anos de idade foi para o seminário. Questões teológicas perpassam toda a sua obra, assim como o submundo de NY, as luzes vermelhas da cidade, o bafon novaioquino.
O filme “Taxi Driver” não teve grande repercussão em seu lançamento, porém alcançou grande projeção na mídia em 1981, por causa do atentado ao então presidente dos EUA, Ronald Reagan.
Travis, personagem do ator Robert de Niro, foi membro dos marines, a tropa de leite americana. A visão de mundo de Travis é explicitada em seu diálogo com o candidato Palantine: é unidimensinalmente facista. Sua percepção da realiadade é paranóica, existem apenas os nós X os outros.
Desde o início do filme entramos em contato com o seu olhar para o mundo, através de seus olhos no espelho retrovisor. E o que aqueles olhos vêem? As imagens distorcidas da cidade e do seu próprio interior.
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