Gostei mais de BURN.E do que de WALL.E. Pronto. Falei.
WALL.E é um filme da Pixar não menos que genial. A história única do filme, a mensagem passada, a bela trilha sonora, algumas cenas geniais e a animação linda de morrer fazem deste filme uma grande obra. É o género de filme que eu adoraria amar. Porém, o que ele tem de genial tem de deprimente. A forma como o nosso planeta é mostrado, que desde logo lembra uns quantos outros cenários futuros nada bons de que algumas pessoas falam, tornam o filme uma espécie de depressivo. E aquilo que poderia servir como anti-depressivo no filme (ou seja, as piadas) praticamente não existem. Para além de que WALL.E (o personagem) parece demais que foi feito para obter a comoção do público.
Estes problemas não existem em BURN.E. Mantendo-nos longe da Terra, evita-se a lugubridade. BURN.E (o personagem) não está ferrugento, não tem olhos bonitinhos e não tem pena de uma barata. É, portanto, um personagem dito “normal”. E aqui, não se foge das piadas como um vampiro foge da cruz. Aqui, as piadas existem e, para além de serem bem engraçadas, não tiram ao filme (neste caso, ao curta) a sua beleza e qualidade. É também muito divertido ver a forma como ligaram os acontecimentos de WALL.E com a história do nosso robô soldador, uma forma de fazer filmes que eu adoro (vide Deu a Louca na Chapeuzinho). Com tudo isto, BURN.E mostra-se um curta pronto para agradar a qualquer um. A cena final, ao som do hino da alegria, é simplesmente espectacular.
BURN.E, nos seus curtos 6 minutos e tal, conseguiu agradar-me mais do que WALL.E. Só me resta desejar que o mesmo aconteça a quem vir o curta…
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