Uma sequência do grandioso filme O Rei Leão, que consegue ser quase tão bom como o primeiro filme, embora não jogue tanto com o drama.
O filme original tem, entre muitas outras, uma qualidade: personagens excelentes. E, não desmerecendo o cinismo perfeito de Scar, a maneira como as hienas são tão divertidas como assustadoras e a personalidade única de Rafiki, não dá para negar que Timon e Pumba são os melhores. Afinal, se assim não fosse, não teriam ganho um desenho na televisão só para eles e muito menos um filme só para eles (ou seja, este filme). E, quando as personagens são assim tão boas, qualquer filme funciona. Mesmo este. É assim que as coisas são. Timon e Pumba fariam qualquer tipo de filme funcionar, tal é a sua capacidade de divertir a partir de nada. Se eles estivessem em Plano 9 do Espaço Sideral, ele funcionaria. E, como não podia deixar de ser, este filme funciona. E muito bem.
Para começar, a história contada é bem agradável; é curioso ver onde Timon vivia e a sua relação com os outros suricates, a história de Pumba e, acima de tudo, a maneira com que o filme interage com o longa que lhe deu origem. É realmente muito engraçado ver explicadas algumas coisas que aconteceram no primeiro filme por uma intervenção de Timon e Pumba. Afinal, quem gostou de Deu a Louca na Chapeuzinho, não podia deixar de gostar deste pormenor. Depois, as canções são bem alegres e divertidas, tanto as novas, como “That’s All I Need” como as revisitadas, como “I Just Can’t Wait to be King”. Além disto, a forma como a história é contada (com Timon e Pumba a mexer nela como se ela fosse um DVD) é divertida e cria momentos bem interessantes, que nos lembram algumas situações (desagradáveis) por que todos já passámos ao ver um filme (parar o DVD para ir a algum sítio, mexer no controlo sem querer…). E, claro, as piadas são muitas, e muito engraçadas. A cena em que Timon e Pumba saem a “voar” de um gnu é de rachar a rir!
É certo que os novos personagens (a mãe de Timon e o tio Max) não são tão grandiosas como as do filme original, e que as cenas de drama (que, não se enganem, existem) são menos e menos fantásticas, mas isso não torna o filme mau; apenas menos brilhante. E por falar nos personagens novos, a mãe de Timon transmite realmente a ideia de carinho de uma mãe, chegando a lembrar algumas mães! E o Tio Max, embora aparecendo pouco, consegue criar algumas situações cómicas.
Além de todas estas qualidades, O Rei Leão 3 – Hakuna Matata transmite mais uma vez aquela grande mensagem à qual todos nós devíamos dar ouvidos mais vezes, nesta vida de tanta correria e estresse, e que eu vos passo agora: Hakuna Matata!:)
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