Lupas (743)
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Sinceramente eu poderia ver Vecchiali esbravejar e refletir a própria velhice durante umas boas 12 horas, mesmo que o filme em si apresente certos problemas de ritmo e fluência. Mas é sempre delicioso ver um autor tão livre para filmar o que bem entender.
Daniel Dalpizzolo | Em 17 de Novembro de 2016. -
Skolimowski meio irreconhecível. Algumas ideias visuais não funcionam, e por mais habilidoso que seja esse supercontrole das tramas e personagens e haja um acúmulo significativo de elementos em cena, a catarse final não é capaz de absorver suas potências.
Daniel Dalpizzolo | Em 17 de Novembro de 2016. -
Cinema explosivo, engajado, que mergulha com contundência em suas questões políticas e desvia das reflexões imediatistas - ou discursos panfletários superficiais. Um docudrama forte e muitíssimo bem articulado com as imagens e representações do seu tempo.
Daniel Dalpizzolo | Em 07 de Novembro de 2016. -
Meio incompreensível a reputação negativa desse aqui. Não que seja um grande filme, mas possui momentos de encenação vigorosa - perseguição de carro, invasão à mansão no final - e uma trama bem ok, alinhada à vibe gostosa dos thrillers eróticos anos 1990.
Daniel Dalpizzolo | Em 07 de Novembro de 2016. -
Convergência entre o Hou histórico dos 1980's e a fase subsequente, observando a juventude contemporânea. Corpos, luzes, planos-sequência impressionantes e um espelhamento de condições sociais a partir do uso duplo de um mesmo sofrido rosto feminino.
Daniel Dalpizzolo | Em 07 de Novembro de 2016. -
Fãs de She's Funny That Way, join to Caprice. Como um Purple Rose of Cairo às avessas, Mouret dilui barreiras entre mundo e espetáculo através de uma encenação artificial e colorida, pela qual o teatro e a vida são engolidas e projetadas unissonamente.
Daniel Dalpizzolo | Em 26 de Outubro de 2016. -
Aparentemente inicia como um rape & revenge, mas vai se distanciando dum ideal de inocência e coloca suas protagonistas lourinhas fofas em igualdade com os demais boçais que formam esse espiral de crime e violência. Metade de Pulp Fiction está aqui.
Daniel Dalpizzolo | Em 25 de Outubro de 2016. -
A câmera poderia ser melhor pensada e a edição é meio preguiçosa, mas é curioso esse desejo por abraçar tantas ideias, plot twists, referências e camadas, articulando tudo dentro de uma essência ultra elementar do policial e do suspense. Vale ver.
Daniel Dalpizzolo | Em 24 de Outubro de 2016. -
Talvez o filme de To em que a plasticidade visual esteja mais desarticulada de toda a dinâmica de cena - e a história de Ka-Fai Wai continua aquém das suas melhores. Mas o domínio cinematográfico permanece evidente e há alguns momentos bem fortes.
Daniel Dalpizzolo | Em 24 de Outubro de 2016. -
Linklater constroi blocos potentes e salta por cenários e situações imaginativas que vão interligando diferentes personagens, dramas, vibes, gêneros musicais e elementos culturais da época. É um filme que naturalmente faz o que Boyhood tentou na marra.
Daniel Dalpizzolo | Em 24 de Outubro de 2016. -
Tecnicamente o 1º filme da turma Cahiers, feito entre 57/60 e lançado após sucesso de Incompreendidos e Acossado. Introduz brilhantemente temas e procedimentos centrais de Rivette - os travelogues por Paris, conspirações, teatro e o poder da encenação.
Daniel Dalpizzolo | Em 17 de Outubro de 2016. -
To faz seu filme de Brian De Palma. Três instituições - medicina, polícia, máfia - testam seus poderes em um grande espetáculo artificial que explora toda a potência de seu cenário único até explodir o tempo e o espaço em um mesmo e delirante quadro.
Daniel Dalpizzolo | Em 17 de Outubro de 2016.