Quando se trata de um grande diretor, de um cara que fez Gladiador, O Gângster, e claro Alien, o filme que o lançou no gênero de ficção científica. Este é Ridley Scott; seus trabalhos recentes foram ruins e questionáveis, porém, um grande diretor nunca se deve descartar. Perdido em Marte seu novo filme confirmam que o diretor ainda é muito, mas muito bom.
Acompanha um astronauta que é abandonado em Marte após sua equipe achar que ele morreu em uma tempestade de areia. A partir daí, o homem precisa descobrir uma maneira de sobreviver no planeta deserto e retornar à Terra.
Desenvolvido a partir do livro de Andy Weir (que eu particularmente desconhecia), o roteiro escrito por Drew Goddard acertam em cheio especialmente na abordagem que pretendem dar ao filme. Ao invés de encher a tela de apenas grandes cenas no espaço (falarei disso mais a diante) ou não deixar alguns pontos claros, o script opta por apresentar algo um pouco mais descontraído, que é sustentável com a atuação de Matt Damon e o desenrolar da trama.
A descontração é o grande ponto. Aqui, Watney (personagem de Damon) não chora ou fica se lamentando, sabe de suas dificuldades, e se organiza com tempo suficiente para se manter vivo em Marte, com a plantação de batata, onde a frase genial e cômica “Sou o melhor botânico desse planeta” (a grande sacada do filme).
As atuações são ótimas. Matt Damon passa uma grande emoção interpretando Watney, as dificuldades são sentidas pelo espectador, o ator convence muito. Jessica Chastain é outro destaque interpretando a Comandante Lewis, seu sentimento de culpa é intenso, e muito bem transmitido pela excelente atriz. Outros nomes como: Chiwetel Eijofor (este por sinal bem divertido), Sean Bean e Kate Mara estão bem interessantes também.
As imagens do planeta vermelho são excelentes, uso de CGI e 3D são muito bem interessantes por Scott, porém servem como pano de fundo para uma história muito bem atrelada, e que tem como outro grande mérito de não ser tão melodramático ou didático, aqui praticamente vivemos e entendemos a situação de Watney, e ainda assim torcemos por ele. Observação: a cena de Jessica Chastain e Matt Damon no espaço é algo particularmente muito lindo.
Ridley Scott começou a viver seus altos e baixos, o que é absolutamente natural, mas dessa vez ele conseguiu. Acertou em cheio ao construir um filme de ficção científica que aposta em outros fatores para dar certo, e ele realmente acertou.
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