- Direção
- François Ozon
- Roteiro:
- Juan Mayorga (peça), François Ozon (adaptação)
- Gênero:
- Suspense
- Origem:
- França
- Estreia:
- 29/03/2013
- Duração:
- 105 minutos
Lupas (21)
-
A arte da escrita, a criação de histórias e personagens, a metalinguagem, tudo num filme surpreendente, com bom ritmo e progressão, tudo vira um espiral louco com um final incerto, uma experiência pra quem gosta de literatura, escrever, criar, talvez assim como na própria metalinguagem do filme o final é sempre difícil e desafiador, aqui igualmente é seu ponto fraco, se arrastando no fim, ainda assim um belo exemplo da criatividade e uma ode à criação artística.
-
Muito gostoso o exercício narrativo proposto por Ozon, da história que é narrada dentro do filme, na forma como gera aquele interesse contínuo sequencial muito próprio das séries atuais. Além disto, tem aquele espírito voyerístico tão inspirado em Janela Indiscreta ( referência escancarada no plano final) de invasão da casa alheia para acompanhar à saga dos personagens observados. E ainda propõe alguma discussão sobre a relação da ficção x realidade e sua (ir)relevância na arte.
-
A condução da narrativa torna a experiência um processo de entendimento próprio do que levar ou não ao pé da letra na história, e sim, isso está muito mais próximo do cinema do que qualquer uma dessas histórias infladas que vemos por ai.
-
Tem um "Q" de "Janela Indiscreta", ainda que seu roteiro fácil não o faça alcançar o mesmo status. Interessante, mas pouco memorável.
-
Um relato sobre o quanto nós extrapolamos os limites da ficção na nossa realidade. Se estende mais do que devia, mas consegue manter o nível de qualidade até o fim, assim como sua proposta.
-
Se perde um pouco no desenrolar da história,mas ainda assim é uma grande obra. Filme que prende a atenção. Roteiro excelente.
-
07/04/13
-
Poderia uma obra de ficção fazer alguém perder o senso da realidade? Até que ponto a arte destitui o artista de sua vida, apropriando-se dela? Dentro da Casa tenta responder essas questões, cuja vontade de escrever ultrapassa conceitos éticos e morais.
-
Um filme sobre contar histórias, onde a intenção é mais que tudo despertar a curiosidade do espectador. Cumpre bem a proposta, apesar de se enrolar lá pelas tantas ao tentar dar múltiplos rumos para a história.
-
Altamente recomendável durante os primeiros 50 minutos.
-
Filme que se garante inteiramente com seu louvável roteiro - foram poucas as escolhas que me pareceram fora do tom ou desinteressantes - entretanto, o roteiro não é só a única qualidade da produção, afinal, a edição e as atuações são dignas de elogio.
-
Narrativamente delicioso, deixa uma sensação de que poderia ser muito mais do realmente foi após o seu brusco final.
-
História instigante e contada com estilo.
-
Uma narrativa magicamente interessante, que mistura a realidade do filme com nossa realidade, e a ficção do filme com ele próprio, que é uma ficção, dando um bolo de camadas tão instigante que ao término do ecrã o mais empolgante é tentar dissecá-lo
-
É, em sua essência, a metalinguagem da arte. O texto narrativo descritivo bem escrito que nos confunde entre o real e imaginário, assim torna possível entrar em qualquer casa através da leitura e arte.
-
Técnica: 8.5 Arte: 8.0 Ciência: 8.0 Nota: 8.16
-
Ozon dá a trama ares de suspense cômico, rejeitando a opção pela obviedade, no sentido de puxar o tapete do espectador quando ele começa a acreditar que os sentimentos e as ações dos personagens já foram devidamente identificados.
-
Sua trilha sonora exemplifica perfeitamente o que é a obra. E o plano final, abrangente, completivo... Conjuntura muito boa.
-
Indescritivel a fascinação gerada pela metalinguagem, pela criatividade e pelo tema maravilhoso do filme. Sem exageros e concentrado na narrativa, este é um dos bons de Ozon.
-
O tom exagerado de seu desfecho se justifica numa das lições de Germain: dar ao público algo que ele não espera. Instigante exercício metalinguístico, onde predomina a ambiguidade moral de personagens, espectadores e condutores da história.