Lupas (89)

A auto importância do roteiro fraquíssimo de Nolan é só um dos motivos para odiar esse filme perdido, confuso e enrolado sem necessidade - tudo é muito simples, mas ele prefere complicar mais para parecer inteligente. O final cafona à Shyamalan é a cereja

Sentimentalismo barato, didatismo, mão pesada, pragmatismo exacerbado, trilha sonora ultradramática, diálogos cafonas, digressões filosóficas de quinta, convencionalismos, fetichismos e um pretensiosismo renitente que já são marcas registradas do diretor.

O filme tava empolgante (mesmo que tenha sido feitas escolhas no mínimo questionáveis) até chegar ao ato final que foi um verdadeiro desastre. Decepcionante!

Nolan e seu pragmatismo complexo, que de uma maneira quase acadêmica, torna seu Interestelar um embuste quase total.

Começa bem, vai piorando e descamba totalmente no final. Se perde em explicações. Uma pena!

Nolan escorrega de novo no excesso de didatismo em um filme que não chega perto de ser complexo como pretende e outras várias falhas de roteiro, mas compensa com sequências que realmente me envolveram, principalmente as que lidam com o lado "humano".

O didatismo e outros vícios de direção permanecem, e há furos - mas a carga científica, os personagens interessantes, o tom épico e o visual arrebatador se sobressaem às falhas já típicas. Nolan entrega mais uma obra bem distante do perfeito, mas que, nem por isso, deixa de ser um espetáculo.

O desconhecido é fascinante.

O visual e a fotografia j fazem valer tudo a pena. No mais, é o famoso quebra cabeça de Nolan, cheio de exposições e forçadas de barra, mas aqui funcionam como ele ao que há de melhor na cafonice sentimentalista, principalmente pelo grande elenco que consegue transmitir emoções, das cenas de ação às dramáticas. Para ver, rever e se emocionar, ao que considero o filme que mais transmite o cinema de Nolan.