Lupas (8)

Shinkai emulando Miyasaki. Um universo mitológico fantástico encontra seu show de cores e luzes para falar de jornadas internas. Vida, morte, amor e propósito. Uma saga de referências e metáforas inebriantes.

Muitas pessoas tendem a afirmar que o Makoto Shinkai é o novo Hayao Miyazaki,mas esse filme mostra que Makoto não tem a mesma desenvoltura em contar uma história completamente fantasiosa que nem o mestre Miyazaki. Há alguns conceitos interessantes e o tema principal(a perda e a nossa incapacidade de superar ela)é interessante, mas o ritmo é cansativo e a fantasia pode parecer(as vezes) ser bem genérica e mal explicada. Makoto Shinkai já fez coisas melhores.

Meu primeiro Makoto Shinkai e apesar dos seus problemas é um bom filme. Visualmente é uma das animações mais lindas que eu já vi. Mas o roteiro é o grande problema. A história é boa mas o desenvolvimento não. Coisas mal explicadas e outras deixadas de lado. O desenvolvimento dos personagens também não é dos melhores. Apesar disso é um bom filme, as cenas de ação que tem são boas e emociona em alguns momentos. Vale principalmente pelo visual.

Mesmo sendo longo, consegue ganhar força no seu último ato. Cada frame é belíssimo.

Shinkai envereda por temas bem mais difíceis desta vez, criando uma aventura mágica fascinante sobre o luto e o vazio, ao mesmo tempo em que encontra a medida e os locais certos para direcionar seu tom mais meloso.

Há uma carga sentimental fortíssima no filme. Toda essa fantasia de viajar em busca a um lugar no qual externos são proibidos - e com a intenção de reviver um ente querido - soa bastante interessante, mas faltaram algumas informações. Ainda assim, bom!

Visualmente impressionante (apesar das mesmas feições nos personagens), e com boa trilha sonora, a animação faz uma mistura de mitologias e cria uma aventura interessante, mas muito longa e repetitiva (na 2ª parte), com desfecho exageradamente místico.

Shinkai falou que considera ser superestimada alcunha de "novo Miyazaki". Eu acho que começo a discordar...