Polanski tem uma carreira estranha, é superestimado na condução do suspense e escolhe fazer filmes médios e inócuos com frequência (às vezes com dois três grandes momentos vide Escritor Fantasma), por outro lado ele acerta de vez em quando na confrontações entre os personagens e quando aposta num cinema menos discreto (não é esse o caso).
Está entre os menos interessantes de Polanski.
Desperdiça as atrizes tão simbólicas, duas figuras sensuais e misteriosas (que despertaram tantas cenas ao longo dos anos) ficam jogadas numa historinha sem-graça.
Faltam momentos de emoção e tensão, vamos esperando, esperando...e quando começa um mistério no fim...acaba logo sem nada acontecer!
Não tenho dúvidas que o horroroso Assayas tem muita responsabilidade nisso.
Suspense vagabundo e muito aquém da capacidade de Polanski e Assayas. Não se nota o mínimo esforço no roteiro e na direção para disfarçar o mistério e Green entrega uma interpretação equivocada com suas caras, bocas e olhos arregalados.
Roman Polanski faz uma verdadeira salada de estilos: Suspense, terror, drama psicológico. Tudo isso emoldurado por uma atmosfera farsesca, mas que na maior parte do tempo se revela cansativa e vulgar. Difícil não dizer que é uma bola fora do diretor.
Interessante e com momentos inspirados, mesmo sem sair da sombra de outras narrativas, que vão de Misery a All About Eve. Perto do fim, Polanski despediça a chance de ressignificar a relação das personagens, reduzindo tudo a uma revelação desgastada.