Lupas (72)

Phillips pega emprestado uma carta marcada da cultura pop e presta uma grande homenagem ao cinema brutal, violento e reflexivo de outrora. Não é tão profundo ou original quanto se diz, visto que outros filmes já jogaram luz, de forma mais complexa e completa, sobre os mecanismos sociais que produzem assassinos, loucos e párias. Mas a forma como isso é feito aqui ainda é digna de aplausos: muito estilo, momentos realmente tensos, humor, instantes gloriosos de Phoenix e muitas referências.

Quase uma aula de filosofia. O ser humano nasce bom e a sociedade o transforma. A luta de classes. A reflexão de doentes mentais na sociedade. É mto mais que um filme linkado com Batman.

Nem sempre o vilão é construído como deveria ser, peça fundamental geralmente um bom filme de herói tem um grande vilão, belíssima abordagem e construção do coringa. Grande filme de 2019.

Em todos os sentidos a se analisar o filme de Phillips tem sempre algo a dizer. Seja como um vindouro respiro numa ode ao modelo de cinema para heróis criado pelas grandes produtoras, ou pela falta de medo ao tocar em temas difíceis em um dos momentos mais delicados para discursos políticos que envolvam a emancipação da sociedade como parte de um esquema arranjado. Obra-prima indiscutível, e Joaquim Phoenix, está como a própria encarnação da loucura.

O personagem e uma direção que não é frouxa (nem próxima ao brilhantismo). Há achados e releituras interessantes...

Que filme sensacional, que atuação memorável. Sem dúvida um dos melhores filmes do gênero. A forma como é desenvolvido a trama, as cenas que quase nos levam a loucura só de imaginar passando pelas mesmas. Um filme sobre vilão que nos faz torcer por ele.

A conformação do filme é o estudo de personagem que no centro do colapso social, vivencia os sentimentos de individualismo e ausência de empatia das pessoas. Nisto, o comediante sonhador desamparado transgride para um frustrado e brutal assassino sádico. Muito mais que um vilão de quadrinhos. Joaquim Phoenix, surrealmente bem, cria um jeito único de falar, caminhar, gesticular e rir. Melhor performance de 2019!

Filmaço. Fantástica a atuação de Phoenix. Filme tenso, trilha e fotografia perfeitas. Porra. Ainda com o coração palpitando depois de tamanha tensão. Quanto ao enredo, a pergunta que fica: que sociedade maluca é a nossa que acredita no niilismo do Coringa como alguma representação política? Só uma sociedade doente discute a ação de um maluco! O filme deveria focar mais nisto, já que a história do personagem é esta. Mas só a arte nos leva a interpretações diversas. Filmão!

T.Philips dá aula de como usar referências clássicas em favor estético e narrativo. Ambientação foda Taxi Driver style, De Niro Rei da Comédia, levou o Coringa p/ver Chaplin e uma homenagem crucial à Luzes da Ribalta, tudo numa Gotham q abre espaço p/construção dum universo crítico aos nossos tempos. A Piada Mortal embasa e dá lugar à nova obra prima sobre o Coringa. Engrandece um dos grandes vilões da história da cultura pop. Só esse filme já supera todo a filmografia Marvel. E J.Phoenix PQP...

Fantástico. Sem dúvidas um dos melhores já feitos com personagens de HQ. Impecável direção, fotografia, figurino e trilha sonora imersiva. Mas Joaquín é um monstro na interpretação. Imperdível

Um drama perturbador. A narrativa de construção do protagonista é angustiante e insere o espectador na mente desequilibrada de Arthur Fleck, dentro do contexto de uma Gothan City insana, insensível e socialmente antipática. Um filme fundamental para refletir sobre algumas das principais mazelas do mundo contemporâneo. Todd Phillips numa direção surpreendente e ousada (não dá pra crer ser a mesma pessoa por trás da trilogia Hangover). Joaquim Phoenix gigante em cada cena, numa atuação monstruosa!

Philips é uma agradável surpresa no roteiro e na direção, enquanto Phoenix só reafirma o maravilhoso intérprete que é. A construção de Arthur, bem como seus rumos ao longo da história, podem soar indulgentes, mas há camadas sob a máscara do palhaço que é a antítese do riso.

O maior choque é olhar no seu entorno e perceber que o caráter de Gotham está em toda parte. O riso descontrolado de uma sala de cinema inteira me pareceu a maior tragédia. Há um pouco de Coringa em todos nós e a pior parte é que negamos. Há um tanto de Coringa em tudo ao nosso redor e o mais desolador é que vibramos.

Uma mistura e cópias de diversos filmes do Scorsese (principalmente Taxi Driver e Rei da Comédia), mas sem um décimo da qualidade deles. Forçado e expositivo ao excesso por 2/3, melhorando um pouco no seu final. Ele possui qualidades técnicas, "inova" a forma de ver o gênero de filmes de heróis e propõe uma discussão sobre o estado atual do mundo (apesar de não contribuir em nada para a discussão). Phoenix manda bem, ele consegue elevar um material medíocre com sua boa atuação.

Joaquin Phoenix espetacular, direção vigorosa e roteiro muito bem realizado fazem de Coringa um ótimo filme

Uma ode ao anarquismo.

O retrato de uma era não tão longínqua.

A construção do personagem é impecável, combinando com a verossimilhança proposta e a atuação visceral. Causa empatia e distanciamento, sendo multifacetado. Não apenas estamos rodeados de "coringas": também somos ele.

Não tem nem metade da profundidade que estão falando. A confusão de seu roteiro e a falta de sutileza (que seria muito mais que bem vinda) são uns dos porquês que o filme traz tanta polemica. Mas não que seja penas isso. Existe uma anarquia pulsante que vai explodindo e tem algo muito importante a dizer, sobre a comedia de nossa sociedade, assim como o absurdo dela, no que criamos e endeusamos. Muito importante como uma ruptura, e abrindo muitas portas para espectadores e todo um mercado.

Narrativa angustiante, algumas sequências perturbadoras e Phoenix monstruoso em cena. O filme é uma comédia doentia sobre a forma que o sistema capitalista trata os marginalizados, mostrando o niilismo como esquema-motor desses grupos.