Lupas (52)

Tecnicamente me impressionou e não só pelo "one-take" mas muito pela por uma escolha acertada de Sam Mendes em focar nos cenários ao invés das explosões, em optar por "sujar" a tela ao invés de enchê-las com tiros e correria. Se lhe falta roteiro, lhe sobra em imersão e criação atmosférica. Ótimo trabalho de um diretor irregular até o momento.

A técnica é vislumbre e choque, imersão que assola com grau de exposição bem mediado. Tudo que vemos são ruínas do que o poder quis ostentar. A guerra não é o primeiro plano. Mas principalmente pelas atuações que se ancora a força de uma narrativa simples, com os pequenos atos de compaixão que se tornam grandes. Nada de novo no front, apenas uma necessidade a ser cumprida. Para todos e para si.

Nunca havia me sentido tão parte de uma trama como aqui. O tanto que impressiona o seu realismo em plano sequência e seu dinamismo absoluto cobertos por uma trilha divina nos fazem idealizar que estamos diante de uma obra-prima moderna! Fotografia e direção ricas em detalhes ajudam a tornar o espetáculo ainda mais vivo! Possui o clima tenso e profundo que caminha de mãos dadas com seu ato heroico e resiliente. Genial e inesquecível são adjetivos justos e bem fáceis de encaixarmos aqui.

Impressiona logo de inicio, mas a pretensão as vezes ultrapassa a premissa do filme.

Se cinema é imersão, temos em "1917" essa definição elevada a um grau máximo. Sentimo-nos nas trincheiras, num plano sequência que finalmente se casa à proposta do filme: atravessar as linhas inimigas para levar uma mensagem, numa jornada cheia de tensão, filmada da forma mais primorosa possível. Uma trilha sonora espetacular completa o todo encenado de maneira ímpar, ainda que um ou outro diálogo piegas seja feito, mas daí você já está totalmente conectado. Um filmaço!

Sam Mendes aposta na força das imagens e do som para contar uma história de comprometimento e sobre o efeito nefasto da guerra no psicólogico. Tecnicamente, é irreparável - cinematografia, edição e mixagem de som maximizam a experiência cinematográfica e exigem que seja apreciado no cinema. A montagem que simula um plano sequência potencializa o cansaço e o frenesi da guerra, mas também estende cenas que não acrescentam à narrativa.

É um trabalho notável de “one-take” com um visual bastante bonito, mas não oferece nada além disso. Ok, existe uma mensagem antiguerra, pacifista e tal, mas por favor, né. Não tem nada de especial. Outros filmes do gênero foram muito mais bem-sucedidos nesse sentido. Outra coisa, em nenhum momento fiquei com a sensação de urgência ou muito menos imerso nessa história. É um filme que não diz nada profundo e contém muitas cenas forçadas, além de ser um vazio emocional.

Sam Mendes tem direção impecável e consegue criar cenas de tensão e de beleza inquestionáveis, a escolha pelo plano-sequência foi um tiro certeiro pois desde a primeira cena nos prendemos a história (com certa influência da obra-prima "O Resgate do Soldado Ryan"), nos interessando e chocando com a triste realidade da guerra. Fotografia espetacular.

"Eu me pergunto o que eles viram".

tecnicamente deslumbrante, mas faltou aquele algo mais na sua essência, é meio pastel de vento no final das contas.

Fotografia impecável, trilha sonora que funciona perfeitamente bem com cada cena. Tensão vai aumentando da metade para o final, e você simplesmente não consegue piscar os olhos. Sam Mendes faz um grande trabalho de camera, passa a sensação que você está em tempo real no cenário do filme.

Filmaço! Não sou fã de filmes de guerra, mas esse é primoroso! Há poucos personagens mas há um aprofundamento grande neles. É um filme muito imersão.