A arte de Jacques Rivette
Heitor Romero Compartilhe
No começo do ano, o Cinema perdeu um dos seus maiores pilares e um dos últimos da trupe de jovens turcos que revolucionaram para sempre a sétima arte. Jacques Rivette, embora menos conhecido e aclamado como François Truffaut ou Jean-Luc Godard, foi essencial na nouvelle vague francesa e mesmo após o fim do movimento se manteve em atividade e com uma carreira impressionante. Aqui no Brasil nunca ganhou a merecida atenção, de modo que o mercado de home vídeo se mostra extremamente carente de títulos dele e mesmo na internet é difícil de achar alguns títulos essenciais. No ano passado, a Versátil lançou o filme que o colocou no mapa, Paris nos Pertence (Paris nous appartient, 1961), na coleção Nouvelle Vague (http://www.dvdversatil.com.br/nouvelle-vague/), e agora o diretor ganha uma atenção exclusiva por parte da distribuidora na belíssima coleção A Arte de Jacques Rivette (http://www.dvdversatil.com.br/a-arte-de-jacques-rivette/).
No box temos dois filmes restaurados divididos em dois DVDs, além de um conteúdo de mais de uma hora de extras, com depoimentos do próprio Rivette e uma análise do crítico de cinema Francis Vogner dos Reis produzida pela própria Versátil (isso é novidade). No primeiro disco temos a monumental obra-prima do diretor, de inacreditáveis 229 minutos de duração, A Bela Intrigante (La Belle Noiseuse, 1991). Baseado num romance de Honoré de Balzac, o filme faz um estudo completo sobre o processo de criação de um artista e todos os fatores externos que influenciam esse momento de inspiração e composição. Um Passeio por Paris, ou A Ponte do Norte (Le Pont du Nord, 1981), filme do segundo DVD, é uma adaptação livre do clássico literário Dom Quixote, trazendo uma visão surrealista sobre as ruas parisienses e temas sobre paranoia política. Com linda trilha sonora de Astor Piazzolla, é um trabalho que contrasta com o caráter intimista e introspectivo de A Bela Intrigante e se entrega a paisagens externas, na exploração dos cenários de Paris, o que é costume na filmografia de Rivette.
Na mesma linha desse box do Rivette, a Versátil também lançou recentemente o primeiro volume de uma nova coleção, intitulada de Cinema Francês (http://www.dvdversatil.com.br/cinema-frances-2-dvds/). O digistack conta com dois filmes em dois DVDs, de Claude Chabrol e François Truffaut, também expoentes da nouvelle vague. A Mulher do Lado (La Femme d’à Côté, 1981) e Mulheres Diabólicas (La Cérémonie, 1995) estão em inéditas versões restauradas e contam com uma hora de extras. Enquanto o primeiro filme, de Truffaut, revela a forte veia romanesca do diretor, o segundo traz Isabelle Huppert e Sandrine Bonnaire em grandes atuações.
Para encerrar o tour pelo cinema francês, temos o lançamento individual de Todas as Manhãs do Mundo (Tous les mattins du monde, 1991) (http://www.dvdversatil.com.br/todas-as-manhas-do-mundo/), filme cult de Alain Corneau sobre música erudita, estrelado por Gérard Depardieu e com Jordi Savall como diretor musical. Declaração escancarada de amor à música, o trabalho é tido por muitos como o Amadeus do cinema francês e é considerado referência no assunto. Em Julho ainda temos David Cronenberg em blu-ray, Kobayashi e muitos filmes de terror japonês, não deixem de conferir no Canal Versátil (http://www.dvdversatil.com.br/canal-versatil-julho2016/) e até o próximo mês!
No box temos dois filmes restaurados divididos em dois DVDs, além de um conteúdo de mais de uma hora de extras, com depoimentos do próprio Rivette e uma análise do crítico de cinema Francis Vogner dos Reis produzida pela própria Versátil (isso é novidade). No primeiro disco temos a monumental obra-prima do diretor, de inacreditáveis 229 minutos de duração, A Bela Intrigante (La Belle Noiseuse, 1991). Baseado num romance de Honoré de Balzac, o filme faz um estudo completo sobre o processo de criação de um artista e todos os fatores externos que influenciam esse momento de inspiração e composição. Um Passeio por Paris, ou A Ponte do Norte (Le Pont du Nord, 1981), filme do segundo DVD, é uma adaptação livre do clássico literário Dom Quixote, trazendo uma visão surrealista sobre as ruas parisienses e temas sobre paranoia política. Com linda trilha sonora de Astor Piazzolla, é um trabalho que contrasta com o caráter intimista e introspectivo de A Bela Intrigante e se entrega a paisagens externas, na exploração dos cenários de Paris, o que é costume na filmografia de Rivette.
Na mesma linha desse box do Rivette, a Versátil também lançou recentemente o primeiro volume de uma nova coleção, intitulada de Cinema Francês (http://www.dvdversatil.com.br/cinema-frances-2-dvds/). O digistack conta com dois filmes em dois DVDs, de Claude Chabrol e François Truffaut, também expoentes da nouvelle vague. A Mulher do Lado (La Femme d’à Côté, 1981) e Mulheres Diabólicas (La Cérémonie, 1995) estão em inéditas versões restauradas e contam com uma hora de extras. Enquanto o primeiro filme, de Truffaut, revela a forte veia romanesca do diretor, o segundo traz Isabelle Huppert e Sandrine Bonnaire em grandes atuações.
Para encerrar o tour pelo cinema francês, temos o lançamento individual de Todas as Manhãs do Mundo (Tous les mattins du monde, 1991) (http://www.dvdversatil.com.br/todas-as-manhas-do-mundo/), filme cult de Alain Corneau sobre música erudita, estrelado por Gérard Depardieu e com Jordi Savall como diretor musical. Declaração escancarada de amor à música, o trabalho é tido por muitos como o Amadeus do cinema francês e é considerado referência no assunto. Em Julho ainda temos David Cronenberg em blu-ray, Kobayashi e muitos filmes de terror japonês, não deixem de conferir no Canal Versátil (http://www.dvdversatil.com.br/canal-versatil-julho2016/) e até o próximo mês!
O único porém é o box conter apenas 2 filmes, a Versátil poderia ter colocado 4 filmes como varios outro da série "A arte de..."
A Bela Intrigante é um monumento. Boa chance pra tê-lo em DVD.