- Direção
- Roteiro:
- Ingmar Bergman
- Gênero:
- Origem:
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 81 minutos
Lupas (23)
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Muito provavelmente nunca encontraremos respostas para as questões existencialistas que atormentam a humanidade. O silêncio de Deus é uma delas. Ele não existe? Provável. Mas será que o vazio e a solidão se amenizam com isso? O abismo se torna menor? A indiferença humana vai cessar? Talvez no fundo da consciência exista um Deus-fuga, um Deus-devaneio, um Deus-nada. "Tive esperança de que tudo não seria ilusões, sonhos e mentira." Filme dilacerante, complexo e impecável.
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Filme que mostra o conflito do ser humano e muitas perguntas sem respostas.
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Mais um bom filme do Bergman. As grandes atuações de Gunnar Björnstrand e Ingrid Tullin são os destaques do filme. Além dos sempre ótimos diálogos presentes nas obra do diretor. E também é bem dirigido e mais uma excelente fotografia de Sven Nykvist. Mas o filme não me pegou como outros do diretor, talvez se tivesse uma duração um pouco maior, achei o final muito abrupto. De qualquer forma é mais um filme do Bergman que vale a pena assistir.
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Um padre descrente de sua fé não poderia ser retratado por outro diretor que não fosse Bergman. É ele, padre, quem desabafa para os fiéis e não o contrário. É ele que mantém uma relação com Marta (Thulin) e não tinha a coragem de contar o que sentia sobre ela. É o mais perdido entre todos os personagens do filme e o que mais necessita se mostrar seguro e confiante. É o que mais têm questionamentos sobre Deus e o que mais precisa dar respostas. Existencialismo dialogado com perfeição por aqui.
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Além do que já é sabido - qualidade no roteiro e na direção - Bergman usa primorosamente, também, o som, dando expressividade a ele. Por exemplo, o som ininterrupto da água na cena do córrego.
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O maior suplício é aquele que decorre da incerteza: quando a fé é solapada, a dúvida espalha-se feito um câncer e se apossa da alma de tal forma que o silêncio divino passa a ser insuportável. Resta o consolo de que mesmo Jesus esteve em dúvida (sofreu).
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Um Bergman mais teatral, embora ainda contundente e impactante em suas reflexões costumeiras.
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Basicamente um dos trabalhos que melhor definem o cinema único de Ingmar Bergman.
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Os questionamentos pertinentes do cinema de Bergman encontram o credo. A mais ininteligível das dúvidas que permeiam em nossas mentes: a existência da força maior. O diretor sueco acerta com diálogos magistrais; que vão desde descontraídos à poéticos.
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12 Minutos de missa, só Ingmar consegue isso... sem avaliação = ainda assistindo... Trilogia do Silêncio = Através do Espelho + Luz de Inverno + o Silêncio
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Ambientado em uma vila isolada, fria e decadente, Bergman questiona a fé de seus personagens com imagens belíssimas e diálogos duros. Estamos realmente sozinhos ou somos porque queremos ser?
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O que significa o silêncio de Deus? Distanciamento, negligência, abandono, parte de seus planos incompreensíveis à mente humana ou comprovação de sua inexistência? Diálogos, atuações e fotografia : tudo de um esplendor glorioso.
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05/10/07
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O momento mais marcante e famoso talvez seja a conversa com o sacristão, quando ele discute Cristo e afirma que ele não deve ter sofrido tanto ao ser torturado,porque tudo teria durado quatro horas, mas pelo fato de se sentir sozinho e abandonado pelo Pai
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Bergman um pouco mais contido em sua discussão filosófica e existencial sobre vida , morte , religião , amor , medo e sentido da vida. Ainda sim , instigante e reflexivo.
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Bergmam sussurra contra Deus neste ótimo filme de personagens marcantes e questionamentos existenciais. Maravilhoso.
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Cinematograficamente, fica devendo à boa parte das obras maiores do mestre. No entanto, é um dos filmes mais fortes e perturbadores de Bergman, com um texto riquíssimo e os questionamentos costumeiros lançados de maneira menos óbvia.
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Altamente reflexivo e muito bem explorado, através de bons diálogos, sobre o tema da descrença. Um ótimo estudo de personagens, porém, ao fim, resta uma sensação de que faltou algo...
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Bergman lança seus personagens em suas dúvidas existências, incerteza na figura de Deus e dificuldades da vida no geral, resultando numa obra poderosa e bela que, mesmo sendo muito curta, garante a reflexão que quis provocar.
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Outro filme em que Bergman aborda o vazio existencial das pessoas e tenta entender a divindade, num roteiro bastante simples. Como sempre, nada de respostas... Apenas "silêncio"... Restrito ao público apreciador de seus trabalhos ou do cinema de arte.