Foi um filme do Bergman que me causou pouca empatia, vai ver pelo fato de ser um filme episódico que em geral não constuma me entusiasmar , ou mesmo por um texto não tão marcante ainda que visualmente seja um filme poderoso com um grave problema de ritmo.
Filme bem irregular, ainda que consiga apresentar momentos plasticamente interessantes. Mas claramente deixa a impressão de ser algo improvisado e não tão conscientemente estruturado. A história do elevador é a melhor.
Fabio Bach |
Em 28 de Fevereiro de 2018 |NOTA: 7.0
Há uma frase dita lá pelo final do filme que resume seu contexto: "Deixe-os aproveitar o verão. As mágoas, a prudência e tudo
mais aparecerão em breve". Ingmar Bergman sabia como poucos desnudar a alma de seus personagens. Pura atenção e sensibilidade.
Recortes da vida de quatro mulheres diante dos quais o interesse oscila. Seja como for, Bergman era um dos cineastas que mais sabia mergulhar na alma feminina.
Uma ótima inversão de alguns 'papéis' preestabelecidos entre homem e mulher. Bergman sabia como ninguém mostrar a personalidade das mulheres. Nesse, mais uma vez, não é diferente, mostrando as desilusões mas ao mesmo tempo a ousadia delas.
É Bergman e os flashbacks como ferramenta para reflexão sobre a vida e os relacionamentos - aqui de maneira mais simplória e óbvia, ao nível de "Uma Lição de Amor", já "Juventude", seu antecessor, por exemplo, possui muito mais densidade.