Lupas (671)

É uma produção que teria sido mais celebrada se lançada no início da era dos heróis no cinema. Os bons efeitos especiais e sonoros, juntamente com os cenários deslumbrantes e ricos em cores, são aspectos positivos. Porém, há uma crítica ao vilão, que é uma reciclagem do primeiro filme, apesar de sua atuação competente. O filme, em grande parte, depende do carisma dos irmãos, apresentando boas piadas, como a da barata, e emocionantes cenas de batalha.

Apesar de seus desafios, "As Marvels" apresenta um vilão sem timing e cenas de ação esquecíveis. Algumas piadas, como as de Kamala, resultam em momentos de vergonha alheia. A representação da emancipação feminina retrocede. No entanto, os filmes de heróis da Marvel ainda têm potencial para mais histórias cativantes e emocionantes. Destaca-se, também, a cena pós-créditos, capaz de empolgar o espectador, com o futuro do MCU.

O filme retrata a jornada de um homem negro que, criado de maneira atípica, busca expressar sua singularidade por meio de suas obras literárias. Embora inicialmente não encontre grande aceitação do público, sua abordagem sarcástica revela-se um sucesso, destacando-se pelos estereótipos culturais afro-americanos. No entanto, algumas subtramas, como o romance do protagonista e seu relacionamento familiar, acabam sendo subutilizadas, deixando de receber o devido destaque.

Um filme que resgata o charme das comédias românticas dos anos 90/2000, mas com toques de frescor e originalidade que o tornam relevante nos dias de hoje. Jennifer Lawrence brilha ao conduzir a trama, entregando uma performance repleta de piadas hilárias e momentos reflexivos, abordando temas como a dificuldade de se libertar do passado, a leveza de viver sem amarras e os desafios de relacionamentos intergeracionais.

A ascensão e queda de um dos ícones da TV brasileira dos anos 80/90 é retratada com maestria, com uma interpretação brilhante de Brichta. Daniel Rezende captura com sucesso o potencial da história, entregando um drama repleto de camadas e nuances, pontuado por momentos frenéticos e comerciais. Apesar de um final um tanto anticlimático, apreciei a jornada redentora do protagonista dentro da esfera da vida cristã.

Bayona cria um filme que, à primeira vista, parece seguir os passos de 'Vivos', mas surpreende ao superá-lo. Com uma atmosfera angustiante e imagens deslumbrantes das cordilheiras, o cenário desolador e natural cativa. O filme habilmente evita a manipulação sentimental, entregando uma história genuína e incrível demais para ser verdadeira, o que o torna ainda mais impactante.

Cooper, como diretor, mantém um padrão elevado, que vale enaltecer. Apesar de não ser excepcional, é competente, evitando clichês na complexa biografia. No entanto, talvez tenham faltado momentos como regente para enriquecer o personagem e tornar a narrativa mais natural. Destaco também o excelente trabalho de Carey Mulligan, que demonstra extrema sensibilidade, além da maquiagem do filme, que revela um cuidado perfeccionista.

Com a ausência de uma apresentação inicial, recorri à internet para me envolver adequadamente no filme e entender os fatos ocorridos de verdade. Apesar de sua atmosfera melancólica, um reflexo da realidade, o tornando mais frio e menos contemplativo, destaca-se pelos desempenhos repletos de nuances de Moore, pelo peso dramático nas atuações de Melton, além de Portman, com sua entrega sem limites, adiciona uma camada marcante ao explorar um fato delicado.

Somos imersos na mente do personagem, que luta contra a demência, proporcionando uma experiência angustiante e realista. Anthony Hopkins entrega uma das melhores atuações dos últimos anos, acompanhada por uma edição excepcional. Com cenas comoventes, o filme se torna um labirinto de memórias e alucinações, explorando de forma impactante os desafios da deterioração mental.

O arco bem desenvolvido com a mãe destaca-se, revelando uma relação profunda. Surpreendentemente, Mussum demonstra um carinho ainda maior pelo samba do que pelo humor, embora seu talento cômico natural e excepcional tenha sido inegável. O filme evita adentrar completamente nas polêmicas de sua vida, tocando de leve em seu problema com a bebida através de imagens, mas, ainda assim, permanece na zona de conforto. A nostalgia, no entanto, é eficaz e emocionante.

Um clássico dos anos 80, cativa com sua trilha sonora envolvente, aventuras cheias de exageros, frases de efeito memoráveis, um icônico figurino e a inesquecível atuação dos Corey.

Um romance calcado na realidade, onde tudo que se vê nos contos de fadas é descartado. Até nos vale a reflexão que, e se em dado momento das nossas vidas, aquela oportunidade que a gente estava convicto que era pra ser nossa, acabou não ocorrendo. Se tivermos uma outra vida, essa oportunidade certamente virá, pois é o nosso "in-yeong". Acontece que nesse filme e na nossa realidade, temos que sempre andar em frente, fazendo um futuro melhor, e olhar para o passado apenas como uma boa lembrança.