Lupas (1683)
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Um belíssimo exemplar do gênero. Carrega vários clichês do blaxploitation mas trabalha o gênero como poucos. Personagens figuras, as locações, a trilha, claro, diálogos hilários, e é legal ver como Pam Grier consegue compr uma cara diferente p/tantos personagens parecidos. Muitas cenas styles, como a do lava rápido, da montanha russa e a perseguição final de lancha. E tem aqui um dos melhores vilões do blaxploitation, playboy branco de olhos azuis, a cara do topo da pirâmide.
Josiel Oliveira | Em 20 de Abril de 2021. -
O filme + carpenteriano q o Carpenter não fez. Como mestre do cinema de gênero q é, trabalha aqui o gênero dos filmes de assalto, por isso seria legal ver sua direção, mas Harley Cokeliss consegue emular mto bem seu estilo. Inclusive na trilha, c/batida marcada e sintetizadores. O casal protagonista é style, c/Tommy Lee Jones (q quase foi Plissken) e a eterna Sarah Connor. A ambientação urbana lembra mto Fuga de NY, e o Super Carro, impossível não lembrar de Christine. Obrigatório p/os fãs.
Josiel Oliveira | Em 15 de Abril de 2021. -
Fortíssimo filme denúncia q reconstitui um massacre real ocorrido em 67, não apenas filmado em loco, como tb utiliza sobreviventes reais como atores. Não é um filme q segue a narrativa épica tradicional, é extremamente cru, coletivo, fidedigno, o q pode torná-lo indigesto. O foco não é narrativa. Fora a impressionante coragem de começar nomeando um a um (com nome e foto!) os responsáveis por esse e outros massacres. Não é aquela narrativa agradável, mas a potência da sua veracidade é gigante!
Josiel Oliveira | Em 15 de Abril de 2021. -
Quem olhou p/esse filme e pensou numa série (q ainda não vi) foi mto ligeiro! Isso aqui é sci-fi dos bons e as possibilidades são imensas. E até começar a virada da revolução das máquinas (q aí foca na ação, normal), o filme desenvolve legal alguns temas. O lance do fetiche da arma, a sugestão de subjetividade das máquinas, a dinâmica entre os 2 protagonistas (quase um bromance), e outras. A frente do seu tempo e influente, impossível não lembrar de Terminator, style d+ Y.Brynner o careca-robô.
Josiel Oliveira | Em 13 de Abril de 2021. -
É interessante comparar essa versão de George Cukor com a mais recente de Greta Gerwig, "feministicamente" falando, e refletirmos sobre como evoluímos nesse sentido (pelo menos no cinema), principalmente na construção da figura de Jo. A "avançada" Jo que vemos aqui é mega dondoca e não profere sequer uma palavra autoafirmativa sobre sua arte de escrever. E os fãs que me desculpem, mas a Katharine Hepburn está insuportável de chata nesse filme. Mas a adaptação é boa, dá pra assistir legal.
Josiel Oliveira | Em 12 de Abril de 2021. -
A opção por fugir do lugar comum das vinganças badass empoderadas, ao meu ver, potencializou mto o impacto do olhar feminista. Sem dúvidas é seu maior mérito. Inclusive o "trecho romancinho" inserido, achei super acertado. Potencializou mto meu mal estar por ser o homem que somos. E fora isso, é um filme de gênero bem estiloso, visualmente tem muita personalidade e a narrativa explora bem o tema do "estupro socialmente aceito". E a personalidade de C.Mulligan engrandece a obra. Merece o destaque
Josiel Oliveira | Em 12 de Abril de 2021. -
Tenho uma certa preguiça com esses filmes que vc precisa "entender a metáfora". Filmes para buscar vídeos no YouTube "Entenda as Metáforas por trás de Peles", como foi com o tb espanhol (que coincidência!), "O Poço". Tipo: "Ain, se vc não gostou é pq não entendeu." rs. Vale mais pelas bizarrices em si, especialmente da menina c/cara de cú, do que por qualquer reflexão que as metáforas possam oferecer. Aliás, achei esse lilás da fotografia cafoníssimo. Mas assim... é legal ver uma bizarrices.
Josiel Oliveira | Em 12 de Abril de 2021. -
O tema do snuff é mega interessante, e a proposta de metalinguagem oferece uma oportunidade rara a Carlão e Cunha (não lembro de outro filme da Boca c/essa pegada) de fazer seu Noite Americana da Boca do Lixo. Sinceramente, achei q o filme não desenvolveu bem nenhuma das duas coisas. Há pouco de snuff (simulado, claro), na abertura e no final, e de metalinguagem há algumas poucas coisas legais, como o papo c/uma atriz insegura c/a nudez, e a trama é bem fraca. O melhor do filme é o Canarinho.
Josiel Oliveira | Em 09 de Abril de 2021. -
"O meu problema é a vista". Martinho é um personagem daqueles intrigantes, solitário, vagante pela vida, "manézão paga lanche", esquisito, mergulhado no trabalho burocrático, imoral, um retrato da vida na megalópole de SP, transitando pelas sinucas, pela Galeria Metrópole, pelo submundo da prostituição, pela baixa e pela alta classe. Sergio Hingst... papel da vida. E lembra mto o universo do Mutarelli, inclusive tem quase a cena da bunda de O Cheiro do Ralo. Destaque tb pra trilha do Zimbo Trio.
Josiel Oliveira | Em 08 de Abril de 2021. -
Aposta muito no thriller e deixa a desejar no enredo. Como thriller é bom, mantém o ritmo, a atenção, a limitação física gera boas situações, tem boas qualidades, mas é só isso. Um entretenimento razoável, pra assistir e desligar a cabeça. E mesmo assim é meio difícil de engolir porque não dá pra comprar a loucura da mãe, a relação das duas, fica difícil embarcar no filme por isso. O tema é interessante e se fosse bem explorado daria pra ter feito um bom filme.
Josiel Oliveira | Em 08 de Abril de 2021. -
Não sou um grande fã desses sci-fis modernos engenhosos de viagem no tempo, buraco de minhoca, e o caramba, mas esse aqui até que eu gostei. Não se resume a esquemas lógicos espertinhos, existe uma situação, bastante peculiar, bem bolada, que é humanamente colocada, que nos faz sentir empatia pela forma c/ q Gyllenhaal se apaixona pela moça. Esse parece ser o grande trunfo do filme. Existe a questão do militarismo q é interessante tb.
Josiel Oliveira | Em 06 de Abril de 2021. -
Um filme estranho. Uma espécie de comédia Ozu encontra Antonioni. Um personagem anticarisma sem deixar de ter o seu charme, o ponto alto do filme, e uma filha q tb foge dos estereótipos em seu arco de redenção. Recheados de situações vergonha alheia, que garantem boas risadas sem deixar de lado a estranheza. Interessante, é um filme de mta personalidade, mas poderia ter pelo menos uma hora a menos, 2h40 pra isso é de foder.
Josiel Oliveira | Em 04 de Abril de 2021.