Lupas (1683)
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Um policial de excelência, sem dúvidas. Uma evolução do policial clássico com um elencaço, os gigantes DeNiro e Pacino rivalizando, um caprichado estudo de personagens, não só nos constrastes dos rivais, como nos coadjuvantes. Me incomodou um pouco um certo preciosismo e exagero nos planos fechados na direção de Mann, mas é inegavelmente elegante, principalmente nas cenas de ação e na forma c/ explora as paisagens de Los Angeles. O final é frustrante, mas faz parte. Clássico merecido do gênero.
Josiel Oliveira | Em 14 de Março de 2021. -
Primeiro que eu vejo mas parece mesmo ser o melhor trabalho do Elvis em Hollywood. Michael Curtiz é um diretor industrial acima da média, a fotografia é mto boa, e os números musicais são legais. Apesar da obra original ser sobre um boxeador, a adaptação p/um músico ficou bem legal, e o cenário de New Orleans trás consigo sua estética musical misturada ao estilo de Elvis. No mais é um filme bem industrial, o que é normal, tem a parada rebelde que é style, vale a pena.
Josiel Oliveira | Em 14 de Março de 2021. -
Rossellini, já no final da carreira, dá um passo ousado na sua sequência de biografias, retratar a vida de Jesus Cristo com uma tentativa de reconstrução realista, sem nenhuma concessão ao místico (ainda mais na Ítalia, berço do Vaticano!). E consegue muito bem! Desde a contextualização histórica, dos judeus, da espera do Messias, na caracterização dos apóstolos, etc, é muito bom, vale realmente a pena pra ter uma noção mais embasada do que pode ter ocorrido.
Josiel Oliveira | Em 08 de Março de 2021. -
Um revival slasher/giallo mega inusitado e bem bolado inserido no universo underground dos filmes pornôs gays (em Paris, 1979??). O conteúdo homoerótico é razoavelmente forte, e pode incomodar, ainda mais pra um hétero careta como eu (estamos aí pra tentar desconstruir), mas fora isso, as cenas dos pornôs (q se misturam à realidade) são satirizadas e engraçadas, um dos pontos altos do filme. Muito criativo, metalinguístico, belas cores, uma boa diversão e homenagem ao giallo, principalmente.
Josiel Oliveira | Em 07 de Março de 2021. -
Um filme bem na pegada Disney do Studio Ghibli. O tema de mini pessoinhas já é meio manjado (lembrei das fadinhas de Mothra rs) e o enredo q costura o filme tb é bem genérico, s/ nenhuma reflexão ou metáfora q poderia ser trabalhada no tema. O que chama atenção mesmo é o visual, com belas cores, aumentando a lupa sobre o mundo a partir do olhar dos pequeninos, explorando cenários da natureza e da casa, os insetos, etc, tudo bem caprichado. É fofo, visualmente caprichado, e é isso, nada demais.
Josiel Oliveira | Em 07 de Março de 2021. -
Puta filme! Não lembro de outro que tenha conseguido tratar a questão indígena no Brasil de forma tão autêntica (não conheço a fundo, mas me pareceu bem convincente), e principalmente, a partir de uma abordagem existencialista, em sua forma de conceber o mundo, o deslocamento, suas fábulas, genial o lance de ficar de tocaia sem presa, e um certo surrealismo na febre e no animal solto na cidade. A fotografia é um espetáculo a parte, contrastando as linhas e formas geométricas c/a natureza.
Josiel Oliveira | Em 06 de Março de 2021. -
Tommy Wiseau, q figuraça! kkkk Homenagem mais q merecida. James Franco lidera e costura mto bem esse projeto, p/além de sua gde atuação. O filme é mto eficiente em apresentar a figura, em contar a história da produção, e como The Room se mistura com a realidade, na paixão de Tommy p/Greg, e como tudo girou em torno de mostrar sua paixão e sensualizar pra ele rs. Recomendo a obra prima Star Wars c/ Tommy Wiseau no Youtube, chorei de rir! E tô na campanha pra ele ser o próximo coringa kkkk.
Josiel Oliveira | Em 05 de Março de 2021. -
Não está entre os gdes de Fernando Di Leo mas tb é um ótimo poliziotteschi. É mto boa sacada de colocar um policial que se rende à corrupção da polícia e ao sistema, e colocá-lo num dilema moral junto a seu pai, policial raiz, e bom homem. Isso além de colocar, da sua forma sagaz, as estruturas políticas, no apoio hipócrita à polícia, e a máfia invencível e onipresente, na sensacional figura de Richard Conte. Não curti mto o Luc Merenda, total cigano Igor, mas tá valendo. A trilha tb é style.
Josiel Oliveira | Em 01 de Março de 2021. -
Dá pra entender pq dividiu tantas opiniões, há uma certa estranheza na mistura de literatura clássica de época e os diálogos afiados de Bogdanovich (como Scorsese em Época da Inocência), o elenco não entrega aquele carisma de outras obras. Mas eu gostei muito! Bogdanovich foi mto bem numa direção mais classicista, uma produção muito caprichada, consegue ter seus bons momentos cômicos, e Cybill Shepherd, se não convence como mulher de época, esbanja charme, seu irmãozinho figuraça, e emociona.
Josiel Oliveira | Em 01 de Março de 2021. -
Considerado o 1º “faroeste feijoada”, Mojica já mostra sua facilidade em trabalhar c/o cinema de gênero. Segue bem seus clichês, o forasteiro solitário q encontra sua promessa de redenção no amor duma mulher. Boa direção, c/os clássicos planos cavalgadas, e já dá p/notar sua autoralidade nas filosofadas de boteco style pegada HQ pulp. Mas o destaque msm é a trilha sonora, toda letrada pelo próprio Mojica, q narra o filme e exalta o boiadeiro, tudo à sua maneira “anticlassicista", vamos dizer.
Josiel Oliveira | Em 24 de Fevereiro de 2021. -
Chadwick Boseman e Viola Davis dominam o filme. Atuação gigantesca dos dois, principalmente Boseman por toda a relação pessoal c/sua doença terminal, de emocionar mesmo. Mas a peça que deu origem tb é muito boa, com um bom retrato da época, um bom megulho nesse universo dos músicos negros de Chicago da época e tantos fortíssimos artistas que lutaram nesse período. É bem legal como a interação dos músicos, na relação pessoal e musical, é trabalhada, com bons tipos. Ótimo filme.
Josiel Oliveira | Em 22 de Fevereiro de 2021. -
O “faroeste iluminista” define bem. A cena do círculo vs a linha reta do progresso é emblemática. Essa discussão eu gostei. A fotografia é caprichada e Greengrass desfila seu talento nas sufocantes cenas de tiroteio. Legal ver Hanks no típico derivado de Lincoln e sua química c/Zengel segura (não é nenhum Paper Moon, mas tá valendo). No +, é + uma produção caprichada, ambientação histórica classuda, e a fórmula infalível de jornada road movie velho e menininha. Filme de Oscar e pouco autoral.
Josiel Oliveira | Em 20 de Fevereiro de 2021.