Lupas (1683)
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Esse filme é muito Cannon Films! Pouco roteiro e muita testosterona. Tem espadas, raios, faíscas, mescla medieval com a noite urbana, como dar errado? E não deu, virou sucesso e mania nos 80. Toda a história criada é mto mal contada rs, mto ingênua, fora os romancinhos mega meia boca. Só os anos 80 mesmo rsrs. Russell Mulcahy, que vinha da Australia com o bom Razorback, mostra que sabe fazer cenas de ação. Aliás, a pegada do vilão Kruger lembra muito o vilão do também australiano Mad Max.
Josiel Oliveira | Em 01 de Abril de 2021. -
Pink Eiga de vanguarda, e um bom filme de vanguarda, uma espécie de mistura entre Suzuki, Godard e Tinto Brass. Uma não-narrativa desfragmentada em forma de pesadelo que se revela numa desconstrução masculina, do modelo Clint Eastwood de virilidade, do pistoleiro e do yakuza. O grande destaque, sem dúvidas, fica pela excelente trilha sonora vanguardista. Não chega no nível dos melhores Suzuki, mas pra quem gosta da pegada é um prato cheio.
Josiel Oliveira | Em 01 de Abril de 2021. -
Uma comédia bem industrial, despretensiosa, um tema manjado, aquele romancinho fajuto tradicional, mas até que rende boas risadas, principalmente com Carlo Campanini, o amigo do professor. Lembra bastante as nossas comédias da Atlântida. Razoável, mas deve ter servido de escola para o grande mestre do humor que Mario Monicelli se tornaria.
Josiel Oliveira | Em 31 de Março de 2021. -
Sem dúvidas é uma ideia bem bolada de argumento, é bem diferente, original, é sempre interessante buscar meios de quebrar as convenções formais e narrativas. E ainda aproveita para trazer a questão social, mesclando documentário, mostrando esse Brasil esquecido de forma mais intimista, onde a melancolia do narrador se mistura as paisagens ao som das nossas músicas bregas maravilhosas.
Josiel Oliveira | Em 29 de Março de 2021. -
Um filme essencialmente sensorial, imagético e atmosférico, onde a narrativa clássica fica em segundo plano. O próprio Bowie tem uma relação muito forte com esse tipo de arte mais abstrata. Traz reflexões esparsas, mais sensoriais, sobre temas como a velhice, o sexo e o vício, assim como a suposta referência à AIDS. O trabalho de maquiagem e efeitos práticos é um espetáculo a parte, a trilha sonora perturbadora e a atuação de Susan Sarandon tb é de elevam muito o filme.
Josiel Oliveira | Em 29 de Março de 2021. -
Provavelmente a melhor adaptação pro cinema. Msm sofrendo c/algumas concessões na subversão de algumas falas, e no final redentor, consegue trazer a essência e várias das frases famosas do livro estão presentes, embora s/aprofundar, claro, e apressado. O lance do gato egípcio tb ébem brega. Além disso, é bem interessante como introduz trechos de outras obras de Wilde, poesias, e bem legal a canção criada ao estilo de seus contos como O Rouxinol e a Rosa. G.Sanders está perfeito como Lorde Henry.
Josiel Oliveira | Em 29 de Março de 2021. -
O mito de Orfeu e Eurípedes transformado numa ode feminista, onde a morte é simbolizada pelo casamento forçado. Apesar de tratar de um romance homoafetivo, não se restringe ao público LGBT, é um filme que fala para todas as mulheres. A união de duas personagens fortes, uma simbolizando a sensibilidade artística, a poesia, e a outra a razão dura e a praticidade. E a fotografia remetendo a pintura da época é espetacular. O final com A Flauta Mágica, tb baseado em Orfeu, foi bem estiloso.
Josiel Oliveira | Em 29 de Março de 2021. -
Grata surpresa! Uma belíssima homenagem às HQs clássicas, clássicas mesmo, do tipo Spirit, Dick Tracy. Um herói original, criado por Raimi e sua turma, repleto de clichês do gênero, que captam muito bem esse espírito de heróis retrô, e de forma muito original, com mta personalidade. E que efeitos práticos, meus amigos! Maquiagem foda demais, uns efeitos de trucagem bem estilizados, diversas cenas marcantes, e trash sem medo de ser feliz. Um dos melhores do mestre.
Josiel Oliveira | Em 25 de Março de 2021. -
Agora entendo pq ouvi tanto dizer que Borat se encaixou tão bem nos tempos atuais, sua pegada nonsense se encaixou acidamente c/a estética da extrema direita. A pegadinha com Rudy Giuliani foi sensacional, vi até que ele tentou prender a equipe do filme. Tira um sarro humilhante tratando do feminismo, das fakes news, da pandemia. Sequência mega digna, relevante e engraçada. E Maria Bakalova realmente foi um achado, pegou logo uma comédia assim, fazendo dupla c/um personagem icônico e arrasou.
Josiel Oliveira | Em 23 de Março de 2021. -
Nasceu pra vencer o Oscar de Melhor Som, e com justiça. O uso inovador do som é mega eficiente, não só em termos de imersão na sensação de ser surdo, mas também na própria dramaticidade da misé-en-scene. Questões de som a parte, o filme tb consegue ser competente na exploração do drama, com personagens autênticos, sem cair no lugar comum do maniqueísmo ou do sentimentalismo barato, trazendo uma jornada de auto aceitação e redescobrimento bastante verossímil. Pena não poder ser visto no cinema.
Josiel Oliveira | Em 22 de Março de 2021. -
Gostei + do q esperava. A caricatura q Fincher constrói de Hollywood é bem divertida, a atmosfera de aventura, os bastidores de poder, os tipos, tudo aos olhos de um fanfarrão. E tecnicamente impecável. Claro q é impensável falar de Kane s/falar de Welles, q acertadamente é "escondido" pq é uma figura tão gigantesca q roubaria o filme, além de ser inimitável, e o filme não tem a pretensão de ser fiel à realidade. Mas corrige uma injustiça real, pq falemos a vdd, ninguém nunca deu crédito a Mank.
Josiel Oliveira | Em 19 de Março de 2021. -
Excelente filme político! Além de registrar um massacre histórico real, traz um belo aprofundamento das ideias anarcossindicalistas e um excelente destrinchamento da conjuntura da época, separando a articulação das elites, a articulação dos políticos, a influência norteamericana, e a posição militar. O movimento operário é tratado com muito carinho, com os tipos na liderança, os tipos populares, numa época em que o sonho socialista era mais paupável.
Josiel Oliveira | Em 14 de Março de 2021.